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Exército avalia mandar Pazuello para a reserva

O Ministério da Defesa está ‘negociando’ com o Palácio do Planalto uma saída para a crise gerada pela presença do general Eduardo Pazuello em ato político promoido pelo presidente Jair Bolsonaro no domingo, 23, no Rio. A alternativa será o encaminhamento do militar para a reserva.

Na hipótese de Pazuello manter a farda, ele precisará ser punido para evitar uma série de insubordinações nas Forças Armadas. O clima reinante nos quartéis  chegou ao Superior Tribunal Militar, onde a ministra Maria Elizabeth Rocha afirmou que o gesto do ex-ministro da Saúde, num palanque com Bolsonaro, “colocou em xeque a disciplina do Exército”.

Para a ministra, a atitude significou “várias transgressões” ao Regulamento Disciplinar do Exército, que proíbe o militar da ativa de se manifestar publicamente a respeito de assuntos de natureza político-partidária sem que esteja autorizado previamente.

Em declarações à BBC News, Elizabeth Rocha enfatizou que cabe ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, definir se Pazuello deve receber uma punição, que pode variar de advertência até uma prisão disciplinar, segundo as normas militares. Ela lembra, porém, que o presidente Jair Bolsonaro, como chefe supremo das Forças Armadas, tem o poder de reverter decisões de Paulo Sérgio

“Seria muitíssimo complicado. Por isso, talvez uma passagem (de Pazuello) pra reserva seja o melhor caminho. Porque aí o general Pazuello, como todo cidadão civil, vai poder manifestar livremente as suas convicções ideológicas”, defendeu a ministra.

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