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Exposição aborda criação do mundo nas religiões afro-brasileiras

A exposição Entre o Aiyê e o Orun reúne obras de 14 artistas com a temática centrada nos mitos da criação do mundo das religiões afro-brasileiras. Com abertura nesta terça-feira (11) e entrada gratuita, a mostra fica em cartaz até 4 de maio na Caixa Cultural São Paulo.

Técnicas diversas – como pintura, desenho, escultura, fotografia e instalação – dão forma à exposição. O objetivo é colocar em pauta a produção artística afro-brasileira influenciada pela cosmologia africana, reconhecendo e valorizando as matrizes culturais.

Brasília (DF), 11/03/2025 – Exposição das religiões afro-brasileiras. Foto: Mario Cravo Neto/Divulgação
Exposição das religiões afro-brasileiras. Mario Cravo Neto/Divulgação
A curadoria ressalta que, além da relevância artística dos trabalhos expostos, se destaca a diversidade de suportes e técnicas apresentadas.

“É uma exposição cujo eixo conceitual são os mitos da criação do mundo e da humanidade, de uma perspectiva afro-brasileira”, disse a curadora da mostra, Thais Darzé.

“A seleção de obras é feita a partir de artistas que têm suas poéticas e suas obras relacionadas a esses mitos, ou itãs, que sobrevivem e que chegam aqui no novo mundo. Mas é uma exposição que atinge outras camadas de questionamentos e de tensões, como pensar as violências coloniais, intolerância religiosa. Também é necessário refletir sobre racismo ao visitar a exposição”, detalha a curadora.

A mostra contempla artistas como Agnaldo dos Santos (1926-1962), Carybé (1911-1997), Emanoel Araújo (1940-2022), Jayme Figura (1959-2023), Mario Cravo Jr. (1923-2018), Mario Cravo Neto (1947-2009), Mestre Didi (1917-2013), Pierre Verger (1902-1996), Rubem Valentim (1922-1991), Ayrson Heráclito, Caetano Dias, J. Cunha, José Adário e Nadia Taquary.

“A escolha das obras tem como ponto de partida artistas que dedicaram a sua vida e as suas produções às temáticas afro-brasileiras e que transitaram por poéticas em torno desses mitos. O público vai ter a oportunidade de ver de perto a obra de 14 artistas diferentes super consagrados”, contou a curadora.

Thais comentou a presença de artistas emblemáticos na mostra. “Três grandes artistas seminais do ponto de vista da arte afro-brasileira, que são de suma importância tanto para contextualização quanto para o entendimento do que seria uma arte afro-brasileira. Existem esculturas tanto de Mestre Didi quanto de Rubem Valentim e uma grande escultura do Emanoel Araújo nesta exposição.”

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