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Expulsa por traição, Kátia Abreu denuncia perseguição do PMDB

Foto: Arquivo Notibras

A senadora Kátia Abreu (TO) criticou, nesta quinta-feira, 23, a decisão do Conselho de Ética do PMDB de expulsá-la do partido e cancelar sua filiação partidária. Em comunicado à imprensa, ela disse que foi alvo da deliberação por “defender posições que desagradaram” ao governo Michel Temer, também do PMDB.

Além disso, defendeu que o conselho optou por retirá-la da legenda por não ter feito “concessão à ética” e “dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder”. “A Comissão de ‘Ética’ do PMDB decidiu pela minha expulsão do partido de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves. Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder”, afirmou.

Kátia Abreu ainda ironizou o fato do partido expulsá-la enquanto evita abrir processos contra integrantes da legenda que estão “presos por corrupção e crimes contra o País”. “A mesma Comissão de ‘Ética’ não ousou abrir processo contra membros do partido presos por corrupção e crimes contra o País. Fiquei no PMDB e não saí como queriam. Fiquei e lutei pela independência de ideias e por acreditar que um partido deve ser um espaço plural de debates”, citou.

Ao final, lembrou que o PMDB já lutou contra a ditadura, mas que esta decisão imprimiu na história do partido “a mácula do sectarismo e da falta de liberdade”. “Sigo na luta política. Sigo com Ética. Sigo sem medo e firme nos meus propósitos, pois respeito minha família, respeito o povo do Tocantins e do Brasil, que ainda acreditam que esse país pode ser melhor”, complementou.

Leia o comunicado:

“A comissão de ‘ética’ do PMDB decidiu pela minha expulsão do partido de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves.

Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão à ética na política. Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo. Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder.

A mesma comissão de ‘ética’ não ousou abrir processo contra membros do partido presos por corrupção e crimes contra o país.

Fiquei no PMDB e não saí como queriam. Fiquei e lutei pela independência de ideias e por acreditar que um partido deve ser um espaço plural de debates. A democracia não aceita a opressão

Hoje os membros da comissão de ‘ética’ imprimiram na história do partido que lutou contra a ditadura a mácula do sectarismo e da falta de liberdade.

Sigo na luta política. Sigo com Ética. Sigo sem medo e firme nos meus propósitos, pois respeito minha família, respeito o povo do Tocantins e do Brasil, que ainda acreditam que esse país pode ser melhor.”

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