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Nova teoria

‘Extinção de dinos foi uma mira certeira no alvo’

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Há cerca de 66 milhões de anos, uma rocha espacial gigante atingiu a Terra, destruindo mais da metade da vida em nosso planeta e, presumivelmente, levando à extinção de dinossauros. No entanto, a cratera deixada pelo impacto revela agora que não foi apenas a massa do asteroide que levou a consequências tão dramáticas.

Uma equipe de pesquisadores analisou a cratera Chicxulub no México com a ajuda de simulações em 3D para concluir que o asteroide atingiu a Terra em um ângulo de até 60 graus, ampliando muito mais os danos até então imaginados.

“O impacto de Chicxulub foi um dia muito ruim para os dinossauros”, disse o professor Gareth Collins, do Imperial College de Londres, e o principal autor do novo estudo. “Torna-se ainda mais notável saber que a vida sobreviveu e se recuperou tão rapidamente quanto”, acrescentou.

De acordo com a equipe, que também incluiu pesquisadores da Universidade de Freiburg e da Universidade do Texas, se o impacto ocorreu em ângulos mais rasos ou quase verticais, a quantidade de poeira ou outros detritos depositados na atmosfera como resultado da colisão poderia ter sido significativamente menor, levando a resultados diferentes.

“Sessenta graus é um ângulo de impacto mais letal porque ejeta uma quantidade maior de material com rapidez suficiente para engolir o planeta”, explicou o professor Collins. “O impacto de Chicxulub provocou uma extinção em massa porque expeliu grandes quantidades de poeira e gás da cratera com rapidez suficiente para dispersar tudo ao redor da Terra”.

A pesquisa concluiu que a rocha espacial se aproximava da Terra a partir do nordeste, levando à emissão de enxofre no ar na forma de pequenos pedaços, bloqueando o Sol por algum tempo e resultando no resfriamento do nosso planeta.

Os cientistas ainda não são capazes de entender por que o evento levou à extinção de apenas certas espécies, enquanto 25% da vida na Terra sobreviveu. Análises futuras da cratera Chicxulub, de 200 quilômetros de largura no sul do México, poderão, no futuro, lançar um pouco mais de luz sobre esta questão.

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