O partido de extrema-direita italiano Liga Norte (LN) comemorou no domingo os “resultados históricos” indicados pelas primeiras pesquisas após as eleições gerais e que apontam uma “vantagem” sobre a formação do tradicional líder conservador Silvio Berlusconi.
O secretário nacional e deputado da LN, Giancarlo Giorgetti, avaliou em breve comparecimento à imprensa os “resultados históricos”, pois as pesquisas de boca de urna concedem à sua formação de 16% a 17% dos votos.
Uma alta de mais de dez pontos percentuais a respeito das eleições de 2013, quando o atual líder, Matteo Salvini, assumiu o comando do partido em seu mínimo histórico, 4,1%.
LN concorre em uma coalizão de direita entre o Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, o ultradireitista Irmãos da Itália (FdI) e o conservador “Quarto Polo”.
A união é dada como vencedora pelas pesquisas de boca de urna, à frente do partido mais votado sozinho, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), e da coalizão de centro-esquerda liderada pelo Partido Democrático (PD), do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi.
Salvini afirmou durante a campanha eleitoral que, caso a coalizão ganhe e o seu partido supere em votos o de Berlusconi, seria ele o encarregado de tentar formar governo e assumir como primeiro-ministro.
“Falaremos primeiro com nossos aliados. Olhamos para o futuro com grande tranquilidade e consciência. Sabemos o que devemos fazer. Acho que o desafio de Matteo Salvini foi triunfal”, declarou Giorgetti.
Se os atuais dados forem confirmados, Berlusconi, inabilitado politicamente e que indicou em seu lugar o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, veria Salvini assumir a liderança da direita italiana, a qual controla desde 1994.
Salvini, de 44 anos, é um dos protagonistas da política italiana e nos últimos anos mostrou como principal bandeira a crítica à gestão das chegadas em massa de imigrantes pelo Mediterrâneo.
Um de seus principais objetivos também foi expandir a LN pelo sul da Itália, uma região muito criticada no passado pelo seu partido, fundado em 1989 para reivindicar a independência do rico e próspero norte do país.