Pedro Nascimento, Edição
Ao menos 47 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um incêndio em uma fábrica de fogos de artifício em Jacarta nesta quinta-feira, 26, informou a polícia indonésia. O incêndio começou às 9h (meia-noite em Brasília) no complexo industrial de Tangerang. Os bombeiros lutaram durante várias horas contra as chamas antes de extinguirem o incêndio no fim da tarde.
O balanço mais atualizado fala em 47 mortos, segundo autoridades locais. No total, 103 funcionários trabalhavam na fábrica, de acordo com o chefe da polícia de Jacarta, Nico Afinta, à emissora indonésia Kompas TV. O bombeiro Oni Sahroni afirmou ao canal Metro TV que “os corpos das vítimas ficaram completamente carbonizados, irreconhecíveis”.
De acordo com as imagens da televisão, parte da fábrica desabou, muitos veículos estacionados nas proximidades queimaram e uma espessa fumaça negra se dissipava na atmosfera. Um morador do bairro, Beni Benteng, declarou que ouviu uma explosão durante a madrugada e pessoas dentro da fábrica gritando por ajuda. “Meus amigos, eu e policiais derrubamos uma parede para que as pessoas conseguissem escapar, alguns trabalhadores saíram. Vi muitas pessoas, inclusive mulheres, pulando do prédio”, relatou.
O incêndio teve início perto da porta de entrada da fábrica e se propagou rapidamente, indicou a polícia, que abriu uma investigação a fim de estabelecer as causas da tragédia. “Algumas vítimas foram encontradas juntas no fundo. Parece que queriam evitar o fogo na porta da frente”, declarou Afinta à Metro TV.
Testemunhas disseram que ouviram duas grandes explosões. A fábrica, um complexo localizado próximo a um bairro residencial, operava há seis semanas, segundo a autoridade distrital, Toni Rustoni, à Metro TV.
Ade, um trabalhador que ficou ferido nos braços e pernas, deu seu testemunho no corredor de um hospital. “Eu não sei como aconteceu. Eu estava trabalhando fora da fábrica e houve explosões. Quatro carros explodiram e quase todas as motocicletas também”, disse ele.
Diana, de 20 anos, contou ter ficado chocada quando soube que sua irmã de 15 anos, que trabalhava há duas semanas na fábrica, estava gravemente ferida. “Fiquei chocada quando ouvi sobre as notícias por telefone, quase desmoronei”, afirmou. “Espero que a empresa assuma suas responsabilidades (…) e pague por tudo. Quero que minha irmã se recupere.”