Gastos desnecessários com lazer e compras compulsivas, deixam as pessoas mais endividadas a cada dia. Com o intuito de quitar o saldo devedor, solicitam empréstimos em empresas de crédito pessoal, que possuem a taxa de juros mais baixa. No entanto, quando conseguem o dinheiro, ao invés de pagarem o que precisam, usam para outras coisas. Dessa forma criam mais dívidas. Para que isso não se repita, siga alguns conselhos para adquirir e administrar o crédito de forma consciente
Existem várias opções de empréstimos no mercado, entre eles o empréstimo com imóvel em garantia, que é possível levantar até 50% do valor do imóvel, e pagar em até 240 meses. Este tipo de empréstimo comparado a outras modalidades existentes no mercado possui a taxa de juros menor e possibilita fazer a quitação de uma única vez de todas as dívidas, que resultam em restrições no nome.
Atualmente, a maior parte do processo é feito online; somente as avaliações pelo engenheiro e a assinatura do contrato ainda são necessários fazer pessoalmente. Os que fizerem esse crédito, devem estar conscientes que possuem um móvel como garantia na operação, diferente de um empréstimo pessoal que negativa apenas o CPF. Para utilizar o crédito de forma consciente, é recomendado que se procure aprender sobre educação financeira e quitar as dívidas mais caras.
Uma coisa importante a se fazer antes de assinar qualquer contrato já cotado é considerar o custo efetivo total (CET) de cada proposta, que é a junção de taxas de juros, tarifas de contratação e impostos exigidos por lei.
Os grandes bancos geralmente cobram CET altos, apesar de cobrarem juros mais baixos; as financeiras, em especial as que trabalham com imóvel em garantia, oferecem um CET mais acessível, com cerca de 1,43% ao mês. Assim, deve-se atentar esses detalhes para que as parcelas não fiquem mais altas do que o esperado.
Durante as cotações, algumas empresas oferecerão um valor de crédito mais alto do que os outros, além de pedirem menos dados. Estas geralmente cobram juros consideravelmente altos, o que aumenta o valor final das parcelas.
O objetivo principal ao solicitar um empréstimo, é colocar a vida financeira no lugar. Eliminar o comprometimento mensal com contas e dívidas de juros altos que usam grande parte do salário é a melhor saída.
O ideal é que apenas 30% da renda mensal seja destinado ao pagamento de empréstimos, financiamentos, e dívidas a longo prazo, é necessário fazer um exercício contínuo e mensal da administração da renda. Gastos com consumo essencial como água, luz, comida, internet, devem entrar como prioridade no pagamento.
“Não adianta ter um rendimento de 4 mil reais e gastar 5 no cartão de crédito, ou com lazer ou roupas novas, por exemplo. A conta nunca irá fechar, e será necessário sempre a recorrer ao cheque especial ou empréstimos pessoais, o que apenas aumentará o saldo devedor”, afirm Cleonice Mendonça, consultora financeira.
– É preciso entender que o empréstimo deve ser utilizado para quitar as dívidas, fazer investimentos, contratado com responsabilidade e para ser pago sem preocupações, observa.