A política no ambiente jurídico, em teoria, deveria ser um reflexo dos princípios éticos que regem a profissão. Infelizmente, nem sempre é isso que ocorre. O caso da eleição da subseção da OAB de Águas Claras, que resultou na derrota de Welbert Freitas, evidencia como a presunção, a mentira e a falta de ética ainda são práticas presentes em disputas de poder.
A disseminação de acusações levianas lançadas por Welbert foi um exemplo clássico de como o jogo político pode ser desvirtuado para atender interesses escusos. Essas práticas ferem não só a reputação dos envolvidos, mas também o ideal de justiça que a advocacia deve defender.
Menos de 72 horas após a apuração das urnas, observa-se que o impacto do resultado vai além da eleição em si: a repercussão negativa desse episódio entre os advogados de Águas Claras reflete um ambiente marcado pela desconfiança e pela polarização.
A advocacia, mais do que qualquer outra profissão, exige integridade. Os advogados não apenas interpretam e aplicam a lei, mas também são guardiões da justiça e da ética. Quando o ambiente que deveria promover esses valores se torna palco de manipulações e difamações, perde-se muito mais do que uma eleição. Perde-se a credibilidade da instituição.
O caso de Welbert Freitas serve de alerta: é preciso repensar os rumos das disputas dentro da OAB. Se a classe que se propõe a defender a sociedade contra injustiças não consegue proteger a si mesma de práticas antiéticas, como poderá inspirar confiança? É fundamental que a reflexão coletiva sobre esse episódio leve a mudanças concretas, promovendo debates limpos e mais transparentes, justos e respeitosos.
A advocacia deve ser um exemplo para a sociedade, e não um reflexo de suas mazelas. Para advogados – inclusive apoiadores de Welbert – as lições desse episódio em Águas Claras devem inspirar uma renovação de práticas e valores dentro da OAB, começando pela valorização da ética em todos os níveis.
Desta vez, o jogo da mentira desmascarou Welbert. Ficou cristalino o fato de ele liderar apenas a própria sombra. Vê-se hoje que não se aceita mais o vale tudo em disputas eleitorais. E os desdobramentos do pleito demonstram que a falta de ética precisa ser cobrada. É uma exigência que deve ser levada à risca, mesmo que por imposição de decisão judicial.
Falar sem provas de fulano, beltrano e sicrano é um ato criminoso. E, pior, a prática de misoginia é crime inaceitável. Welbert precisa folhear o Vade Mecum. Fazer da coletânea de leis seu livro de cabeceira. Ou ele aprende, ou cairá definitivamente no descrédito, sem aspirar percorrer no futuro caminhos que projetem seu nome, hoje associado a uma pocilga.