Curta nossa página


Buscando asilo político

Família de refugiados está há três meses em aeroporto de Bangcoc

Publicado

Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

Uma família do Zimbábue que se recusa a voltar ao seu país por medo de represálias está há três meses parada no Aeroporto Internacional Suvarnabhumi, em Bangcoc (Tailândia), depois de tentar, sem sucesso, ir à Espanha para pedir asilo político.

O vice-porta-voz do Escritório de Imigração, Cherngron Rimphadee, informou nesta quinta (28) que a família, de quatro adultos e quatro crianças, foi entrevistada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Em comunicado, o órgão identificou um dos membros como Muvadi Rodrick, que chegou a Bangcoc, em maio, com outros três adultos e quatro crianças de 2, 6, 7 e 11 anos.

De acordo com o Escritório, eles estão sendo assistidos pela Ukraine International Airlines (UIA), a companhia aérea que usaram duas vezes para tentar ir para a Barcelona.

“Por enquanto, estão sob os cuidados da companhia aérea e não estão retidos na sala de detenção do aeroporto, como outros estrangeiros que tiveram a entrada negada na Tailândia”, informou o órgão.

O fato é que nos últimos três meses a família não conseguiu sair do terminal de embarque porque o visto de turista que eles têm na Tailândia já perdeu a validade.

Em 23 de outubro, a família tentou embarcar em um voo da UIA para Barcelona, via Kiev, mas não tinha visto para entrar na Espanha. A companhia aérea negou o embarque. Em 7 de novembro, eles conseguiram pegar o avião, também da UIA, e chegaram a Kiev, mas foram obrigados a voltar a Bangcoc pelo mesmo motivo.

A Polícia indicou que a Acnur está analisando a solicitação de asilo, já que são pessoas que “poderiam estar expostas a riscos no país de origem”.

Em 21 de novembro, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, foi destituído após um golpe militar que pôs fim a 37 anos de governo autoritário.

A Tailândia não assinou os tratados sobre a proteção dos refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) e, por isso, o futuro da família é incerto, embora reconhecidos como solicitantes de asilo político.

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.