Uma história impressionante marcou a vida da família Alves, em São Gonçalo. O morador do bairro Jardim Catarina, Alberto Alves, de 49 anos, desaparecido há 17 anos, reencontrou seus parentes na manhã desta segunda-feira (09). O reencontro só foi possível após um trabalho em conjunto da Secretaria de Saúde de São Gonçalo e o Centro de Referência Especializado para População em situação de Rua (Centro POP) de Maringá, no Paraná.
Depois de tanto tempo, a família conseguiu respirar aliviada ao ver Alberto. Filho de uma das primeiras moradoras do Jardim Catarina, Alberto, também conhecido como Betinho, saiu de sua residência, em 1997, para receber o salário de aposentado com os documentos e a roupa do corpo e nunca mais voltou. Anos antes, ele havia sido atropelado e, após o acidente, passou a apresentar sintomas de esquizofrenia.
A família foi encontrada pela assistente social Cristiane Lima com a ajuda da agente comunitária de saúde (ACS) Rosângela Santos, moradora do Jardim Catarina há 45 anos, e que trabalha no Posto de Saúde João Goulart, localizado na Rua 40.
De acordo com a supervisora da equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do Jardim Catarina, Rejane Gomes, a busca pela família de Alberto foi incessante, visto que o bairro é o maior loteamento da América Latina. “O trabalho da equipe do NASF foi de formiguinha. Dividimos a nossa equipe em busca de informações sobre a família Alves, até que chegamos ao endereço. E hoje ver essas lágrimas de alegria nos olhos da família é gratificante para todos nós”, ressaltou Rejane Gomes.
Emocionada, a irmã de Alberto, Gesilda Alves de Oliveira, agradeceu a ajuda da Prefeitura de São Gonçalo e de Maringá, pois sem essa parceria esse sonho da família não teria se realizado. “Minha família recebeu hoje um presente de Deus, ter meu irmão de volta é gratificante. O empenho da equipe do Nasf foi essencial. Esse trabalho em conjunto com a equipe de Maringá resultou na minha felicidade hoje”, declarou Gesilda Alves.
O educador de Maringá, Aldair Passeri e o cinegrafista Claudio Batalini, que acompanharam Alberto até São Gonçalo, declararam estar sem palavras para descrever a emoção de ajudar uma família a reencontrar seu ente querido. “É gratificante trazer de volta ao seio da família uma pessoa que esta desaparecida há 17 anos”, declarou Aldair Passeri.