Quase setembro…
Envolta na luminosidade dos trapos de mim
O começo é instante
Que não conheço
Que não reconto
Em impalpável véu de segurança
Aceito tudo aquilo que não me vence,
Sendo que o inútil e o nada me resvalam
Parecendo a mim um remédio para a intolerância
Parece que fiquei do outro lado das despedidas
Sinto-me no avesso
Das minhas palavras…
Todo o verbo se conjuga
Na turbilhão dos sentires
Em constante vigília, permaneço
Em estranha lucidez, exalando enigmas.
Nas noites que derramam o passar
Das minhas trivialidades indissociáveis
Fantasias…essa tal “irracionalidade” da natureza
Castigando a suavidade métrica do tempo
Tal como esse indecifrável cheiro de luar…
Desse chão que não precisa de teto.
Sinto-me no horizonte de mim
Onde o céu e a planície se unem
Colocados para manusear minhas incompletudes.
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(Rob Alme) Roberleide de Almeida Gonçalves, nascida em Candeias, Bahia, é uma mulher multifacetada, que une a paixão pela educação à sua profunda curiosidade intelectual. Casada e mãe, dedica-se à docência com entusiasmo, especializando-se em Linguística, com foco em semântica, morfologia e sintaxe. Enquanto Coordenadora Pedagógica, contribui ativamente para a formação de profissionais da educação, entre outras áreas. Com poemas, crônicas e contos publicados em antologias -@rob.alme – Aroberleide@gmail.com