Fantasma de João Dias reaparece e polícia volta ao Buriti e Câmara Legislativa
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Marta Nobre, com G1
João Dias, o cabo aposentado (forçosamente) da Polícia Militar do Distrito Federal volta a assustar a classe política. Com base em ações dele, a Polícia Civil deflagrou nesta sexta, 2, uma nova fase da Operação Drácon, e mandou equipes de delegados e agentes ao Palácio do Buriti e Câmara Legislativa, em busca de novas provas de corrupção.
No Buriti, são recolhidos computadores na Casa Militar, responsável pela segurança do governador. Na Câmara, voltam a ser recolhidos documentos e computadores de membros da Mesa Diretora. Dois policiais também são alvos da ação.
O próprio João Dias é um dos alvos desta operação e passa a ser investigado por supostamente apresentar vídeos forjados sobre a denúncia de que recebeu cerca de R$ 150 mil de pessoas ligadas ao ex-governador Agnelo Queiroz para não falar sobre sua relação com o político. À época, a assessoria do ex-governador classificou as denúncias de “fantasiosas”.
O dinheiro, segundo o PM aposentado, teria vindo dos cofres públicos, por meio de emenda do deputado distrital Agacial Maia (PR), oferecido por Paulo Tadeu, ex-secretário de governo e atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Agaciel Maia e Paulo Tadeu negaram as denúncias.
“São R$ 150 mil vindos do cofre público de Brasília através do senhor Agaciel Maia, Paulo Tadeu e GDF [com o objetivo de] tentar me calar, de cooptar, de fazer acordo, de me prometer outros favores, de me dar cargos no governo”, disse Dias.
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