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Fechamento de consulado acirra briga EUA-China

O governo dos Estados Unidos ordenou nesta quarta-feira (22) que a China “encerre todas as operações e eventos” no consulado chinês em Houston, no Texas. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores da China, que classificou a ação como uma “escalada sem precedentes” nas recentes decisões tomadas por Washington.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus, disse que o consulado recebeu ordem de fechar “para proteger a propriedade intelectual e as informações privadas norte-americanas”.

Na terça-feira (21), a polícia de Houston afirmou que respondeu a chamados de fumaça no pátio externo do consulado, localizado em Montrose Boulevard, um bairro de Houston. A imprensa local divulgou um vídeo do que pareciam ser funcionários dentro do complexo queimando documentos.

Retaliação
Em um comunicado divulgado nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que a ordem para fechar o consulado foi uma “provocação política unilateral por parte dos EUA, que violam seriamente a lei internacional, as normas básicas que regem as relações internacionais e o acordo consular bilateral entre China e EUA”.

“A China condena fortemente essa decisão ultrajante e injustificada que vai sabotar as relações entre China e EUA”, disse o departamento. “Pedimos que os EUA retirem imediatamente essa determinação errônea, ou a China vai reagir de forma legítima e necessária.”

Na nota, Pequim destacou também que Washington vem “transferindo a culpa para a China com estigmatização e ataques injustificados contra o sistema social chinês, perturbando a diplomacia chinesa e a equipe do consulado nos EUA, intimidando e interrogando estudantes chineses e confiscando seus aparelhos eletrônicos pessoais, e até mesmo prendendo-os sem motivo”.

Além disso, o ministério afirmou que a “China está comprometida com o princípio de não-interferência. Invasão e interferência nunca está nos genes e na tradição da política externa da China”.

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