Dono de cinco medalhas olímpicas e vice-campeão da America’s Cup em 2000, Torben Grael é o primeiro brasileiro no hall da fama da vela. O velejador de 55 anos foi uma das sete pessoas listadas nesta sexta-feira pela Federação Internacional de Vela (Isaf), elevando para 13 o número de membros do seleto grupo.
“Torben Grael é um dos maiores velejadores exportados pelo Brasil. Ele é um dos únicos três indivíduos que ganharam cinco medalhas olímpicas na vela, incluindo duas de bronze, uma prata e duas de ouro em duas classes: Soling e Star. Além do seu impressionante recorde, Grael é também destaque em outras áreas da vela. Ele venceu duas vezes a Volvo Ocean Race (como comandante da Ericsson 4) e duas Louis Vuitton Cup (seletiva da America’s Cup, como tático do Luna Rossa). Ele também venceu numerosos títulos mundiais, incluindo nas classes Star e 12 Metros”, diz o texto da Isaf.
No Brasil, Torben é, junto com Robert Scheidt, o maior medalhista olímpico do País. Atualmente, ele é o técnico-chefe da seleção brasileira de vela. Sua filha Martine é campeã mundial de 49er FX e foi eleita, junto com a parceira Kahena Kunze, a melhor atleta olímpica brasileira de 2014. O filho Marco está muito perto da Olimpíada, também na 49er, enquanto o irmão Lars ganhou o título mundial da Star no fim de semana passado.
O Hall foi criado em 2007, quando seis pessoas foram indicadas: o projetista americano Olin Stephens (maior campeão da America’s Cup), a britânica Dame Ellen Macarthur (recordista mundial em circunavegação solitária do globo), o dinamarquês Paul Elvström (recordista com quatro medalhas de ouro olímpicas), a neozelandesa Barbara Kendall (quatro vezes campeã mundial no windsurfe), o francês Eric Tabarly (lenda da vela oceânica) e o Sir Robin Knox-Johnston (primeiro homem a circunavegar o globo sozinho e sem paradas).
Desta vez, além de Torben, foram incluídos o norte-americano Dennis Conner (conhecido como Mr. America’s Cup), a italiana Alessandra Sensini (mulher com mais medalhas olímpicas na vela: quatro), o norte-americano Harold Vanderbilt (já falecido, ajudou a regulamentar a vela esportiva), o neozelandês Sir Peter Blake (lenda da vela oceânica, faleceu num ataque pirata no Rio Amazonas), o americano Buddy Melges (medalhista olímpico e promotor da vela recreativa) e o soviético Valentin Mankin (já falecido, ganhou medalhas em três classes olímpicas).