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Felipão lamenta ‘jogo de chutões’ onde nada saiu como esperado

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Antes da partida, o técnico Luiz Felipe Scolari havia afirmado que a possível ausência de Hulk da partida contra os mexicanos não era um grande problema, pois havia jogadores no banco de reservas que se não supriam perfeitamente sua ausência poderiam manter o mesmo padrão. Porém, na prática o que se viu na Arena Castelão, não foi o mesmo discurso dito pelo treinador brasileiro.

A entrada de Ramires no lugar do camisa 7, que não conseguiu ir ao jogo pelo desconforto muscular na coxa esquerda, corrigiu no primeiro tempo um problema visto no jogo de estreia contra a Croácia: a cobertura defensiva das subidas de Daniel Alves. Ocupando o meio pelo lado direito, o volante conteve as subidas do perigoso ala Layun.

Porém, a mudança evidenciou uma falta de criatividade do meio-campo brasileiro. Com Ramires, o time ficou pendente para o lado esquerdo, já que Paulinho, em mais uma atuação muito abaixo da média, não dava saída de bola. Ficou claro que o time não entrosava no ataque sem o time ideal que Felipão escalou por sete vezes desde que assumiu o comando da Seleção.

Na cabeça do técnico também ficou nítido que algo não deu certo. Tanto que, no intervalo, Ramires deixou a equipe e Felipão apostou no jovem Bernard. O menino da “alegria nas pernas”, como o próprio treinador apelidou, deu uma incendiada no início da segunda etapa. Ele e o trio Fred, Oscar e Neymar passaram a marcar sob pressão os zagueiros mexicanos.

Mas os poucos minutos de surpresa para defesa mexicana rapidamente acabaram, e a Seleção se viu novamente sem criatividade. Com a entrada de Bernard, essa responsabilidade caiu sobre Oscar, que voltou a ocupar a região central de campo, mas nem de longe foi o jogador decisivo contra a Croácia.

Para piorar, o México se motivou e passou a marcar o Brasil em seu campo. Sem saída de bola, o goleiro Júlio César fez uma overdose de chutões para Fred. O camisa 9 não conseguia fazer a parede e, a cada lançamento desta forma, Felipão esbravejava no banco de reservas. O treinador queria saída pelo chão e toque de bola, mas só viu a bola batendo e voltando para o time mexicano.

Já que seus jogadores passaram a explorar os chutões, o treinador tirou Fred para colocar Jô, na tentativa de aperfeiçoar o pivô, pois o centroavante está acostumado a jogar dessa forma no Atlético-MG. Mais uma vez não deu certo.

A última cartada foi tentar mudar o armador. A entrada de Willian no lugar de Oscar era a última esperança. Porém, com poucos minutos, ficou difícil para o jovem meia do Chelsea acrescentar algo. A expressão cabisbaixa e de braços cruzados do treinador nos acréscimos foram a expressão perfeita de que as tentativas deram errado.

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