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Festa de abertura repete velhos clichês e deixa público sonolento

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Destinada a fazer uma homenagem aos “tesouros do Brasil”, a cerimônia de abertura da Copa do Mundo de 2014, que custou R$ 18 milhões ao Comitê Olímpico Local, não conseguiu muito fugir do óbvio. Criação da belga Daphne Cornez, a festa foi um desfile de ícones nativos, da natureza e da cultura, certamente com o objetivo de seduzir a audiência estrangeira.

A cerimônia começou pontualmente às 15h15 (horário de Brasília). À luz do dia, muito do impacto visual pretendido se perdeu. Também chamou a atenção os muitos vazios no palco armado sobre o gramado do Itaquerão.

A apresentação do tema da Copa, “We Are One”, por Claudia Leitte, Jennifer Lopez e Pitbull, mexeu com o público presente no estádio, mas o som pareceu abafado para quem estava assistindo pela televisão.

A transmissão da Globo lembrou desfile de escola de samba no Carnaval. Galvão Bueno esmerou-se na descrição didática dos acontecimentos, em tom escolar: “Musica, dança e apresentação da natureza, na concepção de uma artista belga”, disse. Ao seu lado, Patricia Poeta seguiu na mesma toada.  “Mostrando a diversidade também da natureza”.

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