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Festival de Música e Arquitetura chega a Minas

Depois de homenagear diferentes monumentos arquitetônicos no estado do Rio de Janeiro (1ª edição) e contemplar importantes palácios e museus Brasil afora (2ª edição), o FIMA – Festival Interativo de Música e Arquitetura, em sua terceira edição, se dedica a homenagear os teatros históricos do Brasil, promovendo uma convergência lúdica entre música e arquitetura em alguns dos mais importantes templos da arte e da cultura brasileira.

A terceira edição, que acontecerá até março de 2024, já percorreu desde outubro os estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Paraíba e Pará, chegando, agora, a Minas Gerais, mais precisamente nas cidades de Sabará e Juiz de Fora, oferecendo concertos presenciais e virtuais, podcast, websérie e conteúdos interativos. Todas as apresentações do FIMA têm entrada gratuita.

A nova temporada acontecerá em Sabará na quinta, 7, às 19:30h, e irá celebrar um dos teatros mais importantes na História do Brasil, o Teatro Municipal de Sabará, o segundo mais antigo do país. Sua História e Arquitetura serão contadas através de uma viagem multissensorial guiada por um virtuoso quinteto de sopros – formado por Renata Xavier (flauta), Maria Fernanda Gonçalves (oboé), Alexandre Silva (clarinete), Francisco Silva (fagote) e José Francisco dos Santos (trompa) – e pelo comentários de José Arcanjo Couto Bouzas, professor de História da Cultura Mineira na Faculdade de Sabará e um dos fundadores da Academia de Ciências e Letras do município.

Em Juiz de Fora, a nova temporada acontecerá dia 14 de dezembro, às 19h, celebrando um dos monumentos arquitetônicos mais importantes da cidade, o Cine-Theatro Central. Um edifício que navega entre o Eclético e o Art Dèco, que contrasta sua simplicidade externa com a rica decoração artística de seu interior. Com uma arquitetura do início do século XX – que incorporava técnicas inovadoras e estilos de múltiplas influências culturais e artísticas – o Cine-Theatro Central irá receber a Orquestra Acadêmica da UFJF e o virtuoso violonista Luis Leite em uma celebração da arte, transcendendo o tempo e o espaço desta construção, contando também com os comentários da arquiteta Mônica Olender.

Com larga experiência em conservação e restauração, a arquiteta irá transmitir ao público detalhes desta arquitetura e história, que refletem a efervescência de uma época de transição para a modernidade, uma modernização resultada de uma série de recursos capitais que passaram a circular na cidade devido ao crescimento de sua indústria cafeeira e têxtil, fazendo com que Juiz de Fora passasse a ter uma classe social em ascensão ávida por novas formas de diversão e entretenimento.

“Um dos principais objetivos do FIMA é estabelecer uma conexão afetiva do público com importantes patrimônios históricos brasileiros. Nesta nova edição do Festival, alguns dos mais importantes teatros históricos brasileiros serão celebrados. Edifícios que ao longo do tempo testemunharam importantes capítulos da trajetória artística do país. Através da música e da arquitetura, seremos transportados a diferentes momentos de nossa história, criando uma experiência multissensorial que unirá passado, presente e futuro. Uma jornada de reconhecimento e apreciação da rica trama que compõe a identidade cultural brasileira.” afirma Pablo Castellar, Idealizador, Curador e Diretor Artístico do FIMA.

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