Guerra ao Aedes
Fevereiro começa com escalada da dengue
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emO Distrito Federal registrou 1.419 casos prováveis de dengue nas primeiras semanas de janeiro deste ano. Do total, 1.296 (91,33%) são de moradores do DF. Os dados são do último Boletim Epidemiológico e foram apresentados pelos gestores da Secretaria de Saúde, nesta sexta-feira (31), em coletiva de imprensa realizada no auditório da pasta.
Houve um aumento de 84,1% de casos, se comparado ao mesmo período de 2019. A região de Saúde com maior índice é a Norte, que envolve Sobradinho e Fercal, com 338 casos. Depois é a Sudoeste, com 200 registros e a Região de Saúde Sul, com 170 casos.
“Janeiro já é um mês de sazonalidade do mosquito e é esperado que tenha um aumento no número de casos, porque é cíclico. Além disso, neste mês tivemos um volume de chuvas maior que no ano passado. Por isso é fundamental o papel da população para ajudar nesse combate”, explicou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares.
Apesar das medidas já adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para impedir o avanço do Aedes aegypti, como a abertura do processo seletivo para contratar 600 agentes comunitários e de vigilância ambiental, instalação de salas de hidratação oral e venosa em unidades de saúde, além do suporte do Corpo de Bombeiros para instalar armadilhas contra o Aedes, é necessária mais conscientização da população, de acordo com Tavares.
“É um trabalho conjunto e precisamos muito do apoio da população, porque 90% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios. A população precisa se engajar para trabalharmos unidos. Devem verificar seus quintais, tirar a água acumulada, porque a dengue tem atacado muitas pessoas em idade produtiva”, ressaltou o secretário adjunto.
Casos
Uma pessoa morreu com a doença, ao todo, foram registrados três casos graves. Houve, ainda, 27 casos de dengue com sinais de alarme. O óbito registrado é de um morador da Região de Saúde Centro-Sul, que engloba Guará, Estrutural, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I e II e Park Way.
As crianças menores de um ano de idade e as pessoas com mais de 50 anos foram as mais atingidas pela doença. Em 2019, sete bebês foram diagnosticados com a doença. Neste ano, o número subiu para 13. No grupo das pessoas mais velhas, o número passou de 135 diagnosticados no ano passado para 417 em 2020.
Contudo, a expectativa para este ano é que os casos possam diminuir ou se tornarem mais graves. “2019 foi um ano atípico no DF. Tivemos a introdução de um novo sorotipo, tipo II, que é uma dengue mais agressiva, mais complicada. Felizmente, neste ano, a circulação maior tem sido o do sorotipo I, menos grave, que é mais fácil para se prevenir”, informou o gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica, Fabiano Martins.
Outras Doenças
O Boletim Epidemiológico também apresenta dados de chikungunya, com um caso confirmado da doença; zika, com 12 casos prováveis registrados; e febre amarela, que teve quatro casos notificados, sendo dois em moradores do DF. Um já foi descartado e o outro segue em investigação.
Prevenção
Durante todo o ano, a Vigilância Ambiental realiza um trabalho constante de visita às residências e locais com prováveis focos do mosquito Aedes aegypti, trazendo informações e orientações para os cuidados preventivos no enfrentamento da doença.
São realizados manejos ambientais com coleta de inservíveis dos imóveis, aplicação de fumacê, educação ambiental, mobilizações sociais em feiras, escolas, shopping, unidades de saúde e escolas.
“Para 2020, a Secretaria de Saúde e demais órgãos do GDF, terão uma intensificação maior ainda dos trabalhos, com participação mais efetiva na Sala Distrital para discutimos as ações e os resultados. Assim, esperamos que esse ano seja mais tranquilo”, informou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero.
Além das ações de controle vetorial, há um monitoramento semanal dos casos suspeitos de dengue, com sinais de alarme, casos graves e óbitos, que subsidia a tomada de decisão e o desencadeamento de ações.