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Embalagem do veneno

Frejat sabia de tudo (sobre o Diabo…) e disso o povo já sabe

Publicado

Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Está ganhando espaço nas redes sociais – do Zap ao Face, do Instgram ao Twitter – um texto sem assinatura (e quando não tem nome é apócrifo) que pode definir de uma vez por todas se Jofran Frejat recua e retoma suia candidatura ao Palácio do Buriti, ou se mantém a palavra de homem probo e veste o pijama – ao menos com relação a ser eventual governador de Brasília.

Uma coisa é certa. Se o (até a terça, 17) ex-candidato do PR ceder ao movimento programado para a noite desta quarta, 18, na porta da casa dele, no Lago Sul, quando uma turba pretende bradar ‘Volta Frejat’, o eleitor vai saber que Frejat escolheu ser a embalagem do veneno. E que ele sabia que ‘o Diabo’ sempre esteve ao lado dele.

Fica então a lenga-lenga – como afirma o texto que chegou à Redação de Notibras. Desiste, não desiste, desiste. O autor do panfleto virtual, embora mantenha o anonimato, parece ser profundo conhecedor das mazelas políticas da capital da República.

O enredo é de arrepiar. Para quem não teve acesso ao palavreado, seguem trechos:

A ainda discutida pré-candidatura de Frejat é uma novela com capítulos programados e calculados para ganhar audiência. No papel principal, o de mocinho, um antigo político da velha política que a maioria absoluta dos eleitores não quer, segundo as pesquisas que apontam 60% para brancos, ausentes e nulos. De outro – bem ao lado -, no papel de bandidos, todos os principais personagens de vários outros episódios policiais, que avançaram nos cofres públicos sem cerimônia.

Frejat sabia de tudo
Causa espanto que o mocinho tenha sido surpreendido pelos bandidos no meio da trama, depois de conviver com eles e seus capangas durante vários anos, ainda sob o comando do chefe maior, Joaquim Roriz. Agora Frejat quer fazer parecer que foi surpreendido por condições que não aceita, como se desconhecesse quem são seus pares, seus ilícitos, suas condenações, sua implacável sede de assaltar o Distrito Federal mais uma vez. Não há possibilidade de Jofran Frejat desconhecer com quem estava caminhando rumo ao Buriti.
Pode ser ele a raposa.

O que estamos vendo pode ser, na realidade, uma aula de esperteza do mais velho dos velhos políticos brasilienses. Seu algoz, Arruda, pode tê-lo subestimado e esquecido em qual escola Frejat foi formado: na rorizista!

Pelo comportamento conhecido, previsível e arrogante de Arruda, não é difícil que ele tenha imposto condições a Frejat por entender que os votos são dele ainda, independente de seu envolvimento frequente com ilícitos, investigações, condenações e impedimentos.

Quem sabe o velhinho queira dar agora uma lição no filhote aprendiz condenado? É o que está parecendo. O movimento populista de Frejat pode ser a maior sinalização disso para dar um basta na questão, dizendo “quem manda agora aqui sou eu!”. Nos braços de 25% do povo, ainda que 75% não o desejem.

Turma da pesada não esperava
Quando Frejat aceitou a missão laranja de concorrer ao Buriti para salvar um séquito de bandidos políticos – não necessariamente nessa ordem – ele sabia perfeitamente onde estava amarrando a sua égua.

Se o movimento de aguardar o fim das filiações, o aumento da tensão sobre cargos no governo, as imposições dos já condenados, para depois anunciar que não será mais candidato, pode ter sido o doutorado em malandragem.

Ele sabe perfeitamente que não poderá governar com as dezenas de investigados sentados no Buriti ao seu lado. E na antessala do gabinete, o japonês da Federal.

Plano de morte heroica
Se for definitiva a sua desistência, gozará de um final de vida mais sadio, salvando sua consciência na reza final.

Caso escolha o futuro arrependimento de entregar o Distrito Federal de volta aos mesmos quadrilheiros de sempre, então poderá não suportar os quatro anos de pânico, tensão e medo. Mesmo que prove que é mais raposa do que os filhos pródigos da sua mesma escola. Se optar pela volta à disputa, será lamentável. Ninguém merece morrer assim.

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