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FHC e Maia pedem união contra Bolsonaro

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu neste sábado, 6, a união das pessoas a favor da democracia para evitar que o Brasil desbanque para um autoritarismo sob a batuta do presidente Jair Bolsonaro.

“Sei que não é fácil (essa união), mas a necessidade está posta”, disse. Segundo FHC, o diálogo deve ser estendido aos militares sem uma avaliação prematura de que eles são favoráveis a qualquer tipo de golpe.

AS declaração foi feia durante live com a participação de diferentes autoridades do cenário político, com coordenação do movimento Direitos Já. No entendimento do ex-presidente, as pessoas que têm condições de defender a democracia devem falar: “Não está na hora de esconder sentimento democrático”, sublinhou.

A posição foi compartilhada por Rodrigo Maia no mesmo evento. Para o presidente da Câmara, existe um movimento que tenta criar um clima contra a democracia representativa. Na opinião do deputado, os seguidores de Bolsonaro entendem que o triunfo nas eleições de 2018 significou uma vitória absoluta e os outros poderes servem somente para respaldar os desejos do governo federal.

Maia declarou que desde o ano passado há manifestações com pautas contra a democracia que não tiveram resposta que deveriam. O presidente da Câmara dos Deputados concorda a posição de FHC de que a resposta deve ser política. Ele disse que o Congresso Nacional barra ações do governo federal que avançam sobre terras indígenas ou afrouxam a legislação sobre armas, fixando limites ao governo federal. “O melhor caminho é colocar limites pela política.”

“Eu espero que o governo restabeleça isso no começo da semana para que o TCU ou a Câmara ou qualquer instituição que seja não seja obrigado a ter que consolidar informações. Que são informações estaduais, não são nem informações do governo federal. Então, não tem nem como o governo, mesmo que quisesse, esconder ou atrasar esses dados para a sociedade brasileira”, advertiu.

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