Estão circulando com extrema velocidade em grupos fechados de WhatsApp de uma ala tucana declarações atribuídas a Fernando Henrique Cardoso, sugerindo que se João Doria, governador de São Paulo, quiser mesmo concorrer ao Planalto em 2022, deve ir de peito aberto para cima de Jair Bolsonaro.
Caciques políticos do DEM compartilham a opinião de FHC. Em política, dizem, não há trégua entre adversários; e mesmo quando um não quer, dois acabam brigando.
A mesma mensagem indica que o QG pró-Doria já está sendo montado. Dois ‘ex-generais’ do então candidato Bolsonaro estão preparando suas armas. São o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno, responsáveis, inclusive, por uma suposta fusão PSDB-DEM.
Se tudo acontecer conforme o figurino traçado por FHC, o governador paulista será apresentado como candidato de centro, contrário à onda de privatizações e com políticas mais voltadas para o extrato menos favorecido da sociedade.
Aos poucos o quadro vai se desenhando. E as eleições municipais do próximo ano, segundo textos de zaps, servirão de termômetro para saber até onde Doria pode ir com seu voo solo.