Marta Nobre, Edição
Uma pérola do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no auge da crise que atinge o PSDB (que avalia mudar de nome): ainda é cedo para falar de candidaturas para 2018, mas o prefeito de São Paulo João Doria e o apresentador de televisão Luciano Huck, são nomes que devem entrar na pauta de discussão.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o tucano afirmou que o sistema político brasileiro não favorece a formação de líderes. “Fora de campanhas, quem aparecia nacionalmente? O ex-presidente, o presidente e um ou outro candidato a presidente. Quando alguém chamava atenção? Só os mais bizarros conseguiam. Isso agora mudou, está mudando. O Doria está fora [desse esquema anterior], o Luciano Huck está fora. Eles são o novo porque não estão sendo propelidos pelas forças de sempre.”
O ex-presidente também abordou a gestão do presidente Michel Temer. Para FHC, Temer tem demonstrado que está com a mão firme no leme. Ele elogiou, por exemplo, a reforma trabalhista, que começa a ser analisada pelo Senado após passar pela Câmara.
“Eu sempre achei que seria impossível acabar com o imposto sindical obrigatório. Era algo que parecia inabalável”, afirmou.
No entanto, o tucano diz que o governo Temer precisa explicar melhor as reformas. “Mas ainda há tempo de explicar que o texto a ser votado não é aquele texto inicial [enviado pelo governo e modificado ao ser aprovado semana passada na comissão especial que o analisou], que tinha pontos injustificáveis, como no aumento do tempo para aposentadoria rural.”