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O refúgio

Figueiredo, já sem faixa, cavalgava escondido

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José Escarlate

Logo que deixou o governo, Figueiredo foi sozinho direto para o Sítio do Dragão, no bairro petropolitano de Nogueira, seu refúgio predileto.

A família seguiu para o apartamento de Ipanema, cedido a ele pelo amigo George Gazalle, até ficar pronto o apê de São Conrado, na praia do Pepino, pouso de asas deltas.

O café da manhã era rigorosamente às seis horas – coisa de milico – e, minutos depois, já estava cuidando dos seus três cavalos.

Cultivava a horta com um cuidado todo especial e dava rações para os coelhos e as galinhas.

Vez por outra fugia da vigilância médica e cavalgava feliz. Parecia criança. Só evitava saltar obstáculos. E ia levando a vida, livre dos problemas “e das traições” da presidência.

Pronto o imóvel de São Conrado, mudou-se para lá. Não gostava, mas cedeu para atender pedido da neta Tatiana.

PV

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