O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, se irritou em ato de campanha no sábado, 15, em Boa Vista (RR) quando questionado por um homem sobre suas manifestações a respeito do conflito na Venezuela e dos brasileiros que agrediram alguns desses estrangeiros.
“Ciro, o senhor reafirma o que disse sobre os brasileiros que tiveram aquela manifestação da fronteira, que chamou os brasileiros de canalhas, desumanos e grosseiros?”, questionou um homem que se identificava como jornalista no local.
O candidato, então, respondeu: “Vá para a casa do Romero Jucá, seu filho da p…”. Instantes depois, Ciro diz para sua equipe para tirá-lo dali. “Esse aqui é do Romero Jucá. Tira ele, prende esse aí”, afirma o candidato. Ele também dá um leve empurrão no homem.
Nas suas redes sociais, Luiz Petri se identifica como jornalista e escreve que estava apenas cobrindo o evento. “Fiquei sem reação porquê (sic) não sou de violência. Apenas fiz uma pergunta”, escreveu. Até o início da tarde do domingo, o vídeo tinha sido reproduzido 294 mil vezes.
Na ocasião citada, Ciro comentou que a Colômbia recebeu mais de 500 mil venezuelanos e não teve casos de violência. “Não há nenhuma notícia de desumanidade, de grosseria, de canalhice, que é o que aconteceu no Brasil”, afirmou, à época.
Mais tarde, do palanque, Ciro chamou o senador Romero Jucá de “gângster”. “Eu venho para mediar esses conflitos e ver se ajudo a arrancar daqui um das piores figuras da política brasileira que é esse canalha que lidera todos os governos e que agora, como bandido que é, fala mal de Michel Temer para aparecer enganando o povo de Roraima”, disse. As imagens foram feitas por integrantes do núcleo de repórteres ‘carrapatos’, que acompanham diariamente em vídeo a rotina e a agenda dos principais candidatos à Presidência da República.
A assessoria de imprensa do candidato informou que repudia a ação de grupos coordenados para hostilizar os candidatos em eventos. “No caso de Boa Vista, um indivíduo a mando de uma campanha adversária se passou por repórter para tentar provocar o Ciro. Diversos outros atos de hostilidade foram feitos contra Ciro e isso é absolutamente reprovável numa campanha eleitoral democrática”, diz a assessoria.