Responsabilidade
Filhos não são peças de brinquedo no fim de um casamento
Publicado
emSilvana Giudice
Seu casamento acabou? Não existe mais amor, carinho, respeito, atração sexual? Vocês não comungam mais dos mesmos interesses, gostos, ideais? Um andou a 100km por hora enquanto outro a 50? Que descompasso hein? Os dramas familiares que geram em torno deste assunto normalmente vem carregado de mágoa, ofensas, xingamentos, remorsos e culpas.
Casamentos acabam porque não caminhamos mais na mesma direção e não devemos culpar nem um nem o outro… Simplesmente acontece! Finais de casamento de comum acordo seria o ideal, mas normalmente uma parte sai mais machucada e ferida.
Agora, sinceramente? Estressada e arrasada normalmente saem os dois e se existem filhos a coisa complica, e se existe uma terceira pessoa neste meio de campo… Hum, a coisa fica brava!
Traição é barra de digerir e a vingança pode ser proporcional as expectativas que não se realizaram por parte do traído. Expectativa das “juras de amor eterno” . Nossa que jargão mais ultrapassado!
Eu amo, mas como o outro não me ama mais eu vou para o ataque! Desforras, fingimentos, ataques, histeria, cenas dissimuladas, escândalos, provocação, tudo para extravasar o amor que sinto.
Amor? Quem quer ser amado assim? Sinceramente, eu não! Amor verdadeiro não se transforma no oposto. Isso é apego, vaidade, criancice, egoísmo e nesta ânsia desesperada de salvar este “suposto amor”, usam os filhos como escudo!
Caramba, que formas equivocadas de amar. Que covardia usar um filho para permanecer numa relação. Isso é baixa autoestima, isso é baixaria!
Separação é sofrida e as emoções podem muito bem serem extremadas e confusas… Não nascemos sabendo muita coisa e conforme as situações vão surgindo em nossa vida, vamos tendo que acionar forças internas que desconhecemos, e então temos a oportunidade de sairmos mais fortalecidos e maduros ou cairmos num mar de eternas lamentações ficando doentes, depressivos, amargurados anos a fio.
As crianças de hoje são muito espertas e aceitam a separação dos pais se estes souberem com inteligência manter a saúde mental de seus filhos.
Briguem, discutam, se acusem longe das crianças. É responsabilidade demais para um pequeno assimilar o que não deu certo em sua vida… aliás, deu sim… Desta relação nasceu o amor maior que podemos sentir, e esse é eterno!
Não fale mal de seu ex mesmo que você acredite ter motivos. Deixe o tempo mostrar quem é quem…seja sensível, inteligente e prove que o seu amor por seu filho é maior que tudo!
No mais, busque uma terapia se necessário e acredite, existe vida após um divórcio!