O ano legislativo está no fim e o atual governo se mostra mais preocupado em acertar os números orçamentários e financeiros do que com seu futuro político. Afinal entregar o DF nestas condições já prenuncia um futuro sombrio para os atuais mandatários do Buriti.
Neste vácuo de poder ou de falta dele as batalhas mais importantes vão acontecer no Legislativo. Orçamento de 2015, créditos suplementares de final do ano, retomada de poderes do legislativo que foram delegados, eleição da nova mesa e dos presidentes das comissões. Ufa, nada mal.
Numa câmara dividida entre 12 parlamentares remanescentes da atual legislatura e 12 parlamentares que chegam, com alguns que retornam e outros que aparecem pela primeira vez, esta construção não será nada fácil.
De todos estes temas o orçamento do próximo ano e a eleição da mesa são aquelas que dizem mais de perto ao futuro governo. Afinal o governador e o governo sempre tiveram um peso muito expressivo na escolha, principalmente do futuro presidente.
Neste particular a escolha não será fácil e entre os parlamentares três requisitos são fundamentais para a escolha do futuro comandante do legislativo. O primeiro que seja um parlamentar de palavra, ou seja, que cumpra aquilo que se compromete; o segundo que não seja do time que só joga pra si.
Afinal, o presidente representa os 24 parlamentares ou pelo menos os 13 ou mais que o elegerem e o terceiro é que seja capaz de cobrar do Executivo os compromissos que forem assumidos, um presidente fraco a esta altura seria a derrocada da Casa.
Se alguém preenche todos estes requisitos, pode se apresentar que suas chances são muito grandes. As fichas estão na mesa e todos procuram um presidente. Como se vê, este final de ano promete.
Celson Bianchi