O Natal, tal qual é comemorado no Brasil, é diferente do que se vê na Lapônia, região da Finlândia onde, diz a lenda, vive Papai Noel. E os finlandeses que moram em Brasília, em particular membros do corpo diplomático, estranham as tradições brasileiras para o período natalino.
Os ‘conterrâneos’ de Papai Noel estranham o uso de árvores de plástico, o calor e o horário da ceia no Brasil. Na Lapônia, anoitece por volta das 15h, a temperatura chega a 50 graus abaixo de zero e a celebração de Natal ocorre na tarde do dia 24.
A funcionária da embaixada da Finlândia Marja Suhonen afirma sentir menos o “clima de Natal” por aqui. “Não caiu a ficha ainda: é uma situação bem esquisita ser verão, estar quente, não ter neve”, diz a mulher de 34 anos que chegou ao Brasil em agosto.
Casada com um brasileiro, Marja aprendeu português depois de começar a jogar capoeira há dez anos. Apesar da proximidade com a cultura do marido, ela ainda estranha a forma brasileira de comemorar a data.
“Na Finlândia, já festejamos dia 24, às 17h, quando o Papai Noel chega na casa de cada família. Era sempre uma euforia esperá-lo. Aqui, ele só aparece em shopping e acho que os brasileiros jantam bem tarde, na véspera do dia 25”, diz Marja.
A diplomata conta que se recusou a comprar uma árvore de Natal de plástico, por ser acostumada aos pinheiros de verdade. “Não é a mesma coisa, não é o mesmo cheiro.”