A Fifa suspendeu o ex-jogador Franz Beckenbauer de qualquer atividade relacionada ao futebol por não ter colaborado com a investigação do Comitê de Ética da entidade em torno da suposta corrupção na escolha do Qatar para a Copa-2022. Ele era dirigente do Comitê Executivo da federação quando foi feita a eleição e, por isso, era uma das testemunhas-chave na apuração.
O Qatar é alvo de investigação após denúncias da imprensa inglesa de que membros do Comitê Executivo da Fifa teriam recebido propina para votar na candidatura do país para 2022. De acordo com as denúncias, o representante qatari na Fifa, Mohammed Bin Hamman, teria pago cerca de 5 milhões de dólares a dirigentes da África, Ásia e Oceania em troca de votos.
A suspensão foi determinada pela segunda instância do Comitê de Ética, comandada por Alan Sullivan. Na primeira, quem faz as investigações é o ex-policial do FBI Micheal Garcia, que terminou seu relatório sobre o caso na segunda-feira. Os dados só serão revelados após a Copa-2014.
A Fifa informou que ele está “provisoriamente banido de tomar parte em qualquer atividade do futebol, em qualquer nível, por 90 dias”. A punição foi baseada no artigo 83 do código de ética da entidade. A investigação tentou falar pessoalmente e por escrito com o ex-jogador, mas não obteve resposta. “A aparente quebra (do código de ética da Fifa) por Beckenbauer é relacionada a sua falta de cooperação com a investigação do Comitê de Ética apesar dos repetidos pedidos de ajuda, incluindo pedidos para que ele providenciasse informações durante entrevista pessoal ou por meio de resposta a questões escritas tanto em inglês quanto em alemão”.
Com a suspensão provisória instituída, Beckenbauer será submetido a uma investigação formal pelo comitê de ética da Fifa.