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Flamengo leva gol no fim e adia vaga na Copa do Brasil

Com um time recheado de jogadores mais experientes, o Flamengo foi até Pelotas, e vencia o Brasil-RS por 2 a 0, gols de Alecsandro e Pará, até os 48 minutos do segundo tempo. Foi quando Nena marcou de cabeça o gol do time da casa, fechou o placar em 2 a 1 e garantiu o jogo de volta. A vitória por dois gols de diferença eliminaria a necessidade de um duelo de volta.

O Flamengo volta a campo no domingo, contra o Botafogo, pelo Campeonato Carioca. Já o Brasil joga na próxima terça-feira, contra o Ypiranga, em Pelotas, pelo Campeonato Gaúcho.

Empolgado com a festa da torcida, o Brasil partiu para cima no início do jogo com uma correria incessante. Troca de passes, alternância de posições. Mas nenhum susto. Quem chegou primeiro com perigo foi mesmo o Flamengo. Marcelo Cirino, posicionado pelo lado esquerdo, foi na ponta do campo.

Em um giro, o camisa 7 tirou a marcação de Wender e cruzou rasteiro. Alecsandro, na pequena área, perdeu chance incrível ao concluir em cima do zagueiro Fernando Cardozo, afastando a bola para escanteio. O Flamengo, no entanto, era mais lento do que em outros jogos, principalmente pela presença de Eduardo da Silva e Alecsandro.

Por isso, o Brasil conseguia trabalhar a bola, marcando em cima, principalmente no meio de campo. Eduardo da Silva, desligado, facilitava a marcação. E o time xavante lançava bolas à área. Paulo Victor, em noite insegura, assustou em duas vezes: em uma soltou a bola. Na outra, trombou com Samir. Em um desses lances na área, Fernando Cardozo cabeceou a bola na trave, mas foi assinalado impedimento.

O jogo era truncado, as chances pouco apareciam. Mas uma falha técnica acabou decisiva. Com 30 minutos, Léo Moura cruzou pela direita para a grande área. Sozinho, o zagueiro Ricardo Bierhals tentou recuar para o goleiro, mas calculou mal. A bola quicou na área e Alecsandro, esperto, aproveitou para chutar forte para o gol. A bola ainda bateu no desesperado Eduardo Martini, mas morreu mansamente ao beijar a rede. 1 a 0.

O Brasil, então, sentiu o golpe. Deixou de ser o time vibrante do início de partida e se acomodou ao ver o Flamengo trocar passes, aguardando o fim do primeiro tempo. A torcida xavante, irritada, vaiou o time. E no apagar das luzes da primeira etapa, Nena ainda pôde chutar de frente para Paulo Victor, mas pegou mal na bola, que subiu. Com vantagem carioca, o primeiro tempo chegou ao fim.

No segundo tempo, o Flamengo voltou mais centrado, tentando aproveitar novamente as falhas do Brasil. Aos três minutos, Cirino roubou bola pelo lado direito, avançou e cruzou na área. Antes que Alecsandro ou Eduardo pudessem completar para o gol, a zaga afastou para a linha de fundo.

O time carioca era melhor em campo, dominava sem grande transtorno o Brasil. Com 15 minutos, Canteros cobrou escanteio na área e Samir, sozinho, cabeceou para fora, assustando a torcida da casa. Aos poucos, Luxemburgo passou a modificar o time. Primeiro, o técnico quis promover a estreia do volante Jonas, na vaga de Cáceres. Minutos depois, novas trocas. Saíram Alecsandro e Eduardo da Silva para as entradas de Luiz Antonio e Arthur Maia.

O jogo parecia controlado, caminhando para o resultado com apenas um gol no placar. Até os 29 minutos. Arthur Maia teve boa chance com falta na entrada da área. Cobrou na barreira. No rebote, Pará emendou de primeira, de chapa, no canto esquerdo do goleiro Eduardo Martini, que quase não esboçou reação mesmo com uma bola de tão longe. 2 a 0.

O gol esfriou o Brasil de Pelotas. Derrota por diferença de dois tentos em casa resultaria em eliminação direta, sem necessidade do jogo de volta. Assim, o time tentou se lançar ao ataque como possível e se expôs. No contra-ataque, Marcelo Cirino perdeu boa chance ao pisar na bola com 35 minutos.

No lance seguinte, em cruzamento na área do Flamengo, Washington chutou forte e Paulo Victor saiu bem para abafar. Com o jogo se aproximando do fim, o time carioca segurou a bola, valorizou o passe e garantia a classificação na Copa do Brasil.

Até os 48 minutos do segundo tempo. Foi quando Rafael Forster cobrou falta pelo lado direito, Paulo Victor deixou a bola passar e Nena testou para o fundo da rede, acordando a torcida xavante e deixando o time vivo. Ficou para o dia 18 de março, no Rio de Janeiro.

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