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Resquícios da CPI

Flávio cobra na justiça explicações de Witzel

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição

Incomodado com o que Wilson Witzel, ex-governador do Rio, disse em seu depoimento à CPI da Pandemia, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) acionou a Justiça Criminal pedindo esclarecimentos em juízo sobre insinuações a respeito de ‘domínio’ nos hospitais federais e o caso Marielle Franco.

No documento apresentado à Vara Criminal, os advogados de Flávio indicam que Witzel teria cometido crimes de calúnia, difamação e injúria. Para isso, recorrem a dois momentos em que o ex-governador, segundo os defensores, atacou a honra do senador: quando citou a gestão de hospitais federais no Rio e o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.

Em relação aos hospitais, os advogados questionam o que Witzel quis dizer ao afirmar que as unidades “têm um dono” e citam que, em reservado, o governador afastado disse aos senadores que o “dono” dos hospitais seria Flávio Bolsonaro. “O que pretendeu dizer o interpelado: que haveria corrupção? Tráfico de influência? Relações espúrias de compadrio? Em que contexto um Senador da República poderia ser dono ou ter alguma ingerência em hospitais federais em algum ente da federação”, indaga trecho do documento.

Sobre o assassinato de Marielle, os advogados pedem explicações sobre a declaração em que Witzel disse não ser porteiro para ser intimidado. A frase faz menção ao porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro, ouvido na investigação sobre a morte da vereadora, e foi dita quando Renan Calheiros afirmou que Flávio Bolsonaro estava agindo para constranger o ex-governador durante o depoimento.

Os advogados questionam: “O que quis dizer com esses termos? Que o senador Bolsonaro coagiu aquela humilde testemunha durante a investigação sobre a morte da ex-vereadora?! Que o interpelante coage porteiros? Testemunhas?”

A CPI já aprovou o requerimento para ouvir novamente o ex-governador do Rio de Janeiro em uma sessão secreta. A expectativa é que Wilson Witzel apresente indícios da influência de Flávio Bolsonaro nas unidades federais.

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