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Focus mostra a economia brasileira mais apertada com a corda em torno do pescoço

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Célia Froufe

As projeções do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano seguem no terreno negativo, e as para 2017 mostram uma expectativa de recuperação cada vez menor. A mediana das estimativas no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 1º, pelo Banco Central, foi ajustada de -3,00% para -3,01% para 2016 – há quatro semanas, a aposta era de uma queda menor, de 2,95%.

Já para 2017, a expectativa é mais otimista, de expansão de 0,70%. Vale lembrar, no entanto, que uma semana antes, a mediana estava em alta de 0,80% e, um mês atrás, de 1,00%. As mudanças na Focus se intensificaram depois que o Fundo Monetário Internacional (FM) apresentou fortes mudanças para baixo para a atividade no País. As alterações foram consideradas “significativas” pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

A produção industrial segue como principal setor responsável pelas previsões para o PIB em 2016 e 2017. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de baixa de 3,80% para este ano, ante -3,57% prevista na semana passada. Na pesquisa realizada quatro semanas atrás, a mediana das estimativas estava em -3,50%. Para 2017, as apostas são de expansão de 1,50% para a indústria – a mesma da semana passada. Quatro semanas antes, estava em 2,00%.

Os economistas ajustaram ainda suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2016, a mediana das previsões saiu de 40,20% para 40,00%, o mesmo nível de quatro semanas antes. No caso de 2017, as expectativas saíram de 42,20% para 43,00% – no boletim divulgado há um mês a taxa era de 41,40%.

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