O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 16, pelo Banco Central trouxe uma queda das previsões para a cotação do dólar depois de uma semana de estabilidade. De acordo com o boletim, a moeda deve chegar ao final deste ano comercializada a R$ 3,96 e não mais a R$ 4,00 como era o esperado até a semana passada e também um mês antes. Com isso, o câmbio médio de 2015 caiu de R$ 3,40 para R$ 3,39 – quatro edições da pesquisa atrás, a mediana das expectativas estava em R$ 3,41.
Para o encerramento de 2016, a mediana das estimativas para o dólar seguiu em R$ 4,20 de uma semana para outra. Há quatro edições do Focus a perspectiva era de uma cotação de R$ 4,13. Já o ponto central da pesquisa para a cotação média de 2016 diminuiu de R$ 4,11 para R$ 4,08 de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana estava em R$ 4,03.
Superávit comercial – O Relatório Focus voltou a trazer melhoras das estimativas do mercado financeiro para o setor externo. No caso da balança comercial, a mediana das projeções para 2015 subiu de US$ 14,60 bilhões para US$ 14,95 bilhões de uma semana para outra. Quatro boletins atrás, estava em US$ 13,20 bilhões.
Para 2016, o ponto central da pesquisa também foi deslocado de US$ 29,00 bilhões para US$ 30,55 bilhões – quatro edições atrás do documento, estava em US$ 25,00 bilhões.
As previsões para a conta corrente, por sua vez, passaram por ajustes para baixo ante a semana anterior. No caso de 2015, passou de US$ 65,00 bilhões, mesma previsão apontada um mês antes – para US$ 64,85 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo diminuiu de US$ 42,55 bilhões para US$ 40,95 bilhões – um mês antes estava em US$ 47,75 bilhões.
Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) subiu de US$ 62,30 bilhões para US$ 62,80 bilhões para 2015, mas caiu de US$ 60 bilhões para US$ 58 bilhões no caso de 2016, após quatro semana de estabilidade.