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Folia sai de cena para dar lugar à Quaresma

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Autor/Imagem:
Marta Nobre - Foto Fernando Frazão

A Quarta-feira de Cinzas chega neste dia 5 silenciosa, como quem pede licença depois do barulho do carnaval. As serpentinas ainda estão pelo chão, os confetes resistem nos cantos das calçadas, e o eco dos tamborins ainda paira no ar. Mas, de repente, tudo muda. O riso fácil e as fantasias coloridas dão lugar à reflexão, ao recolhimento e à promessa de um tempo novo.

É o início da Quaresma, um período que convida à introspecção e ao renascimento. As cinzas sobre a testa lembram a efemeridade da vida: “Lembra-te que és pó e ao pó voltarás”. Não é uma sentença de tristeza, mas um chamado à renovação, uma oportunidade para olhar para dentro e realinhar os passos.

A jornada da Quaresma conduz à Páscoa, e entre um ponto e outro há uma travessia simbólica, quase uma caminhada pelo deserto. Jejum, oração e caridade tornam-se bússolas para quem deseja se preparar para a ressurreição, esse grande momento de esperança e recomeço.

A Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa se entrelaçam como duas margens de um rio: uma marca o início do percurso, a outra celebra a chegada. No meio, há os desafios, os sacrifícios e as descobertas que transformam quem aceita percorrer o caminho. Talvez seja por isso que a Páscoa seja tão luminosa: porque antes dela houve o silêncio, a espera e a promessa de uma vida renovada.

Assim, enquanto as cinzas da quarta-feira nos lembram da transitoriedade, a Páscoa nos convida à eternidade. E nesse intervalo de quarenta dias, cada um decide como fará sua travessia.

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Marta Nobre é Editora Executiva de Notibras

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