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Fora Dilma tem fora povo com apoio da cavalaria e spray de pimenta da Polícia Militar

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Mariana Jungmann e Paulo Victor Chagas

Um confronto entre a Polícia Militar e manifestantes contrários ao governo da presidenta Dilma Rousseff em frente ao Congresso Nacional resultou no uso de bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta e bombas de efeito moral. A cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal também entrou em ação, provocando o deslocamento e a dispersão de uma parte dos manifestantes. Durante todo o dia o Eixo Monumental ficou fechado na região da Esplanada.

A Polícia Legislativa chegou a deter três manifestantes que tentaram invadir o prédio. Um deles assinou um termo circunstanciado e todos foram liberados logo depois. A PM também usou cachorros sobre a laje que acomoda as cúpulas da Câmara e do Senado, onde o uso de armas não letais pode ser perigoso, – há um vão profundo entre o local onde os manifestantes ficaram e o início da laje – para evitar que manifestantes tentassem acessar o local.

Agressões – Os manifestantes circularam ao longo de todo o dia na região entre a Praça dos Três Poderes e o gramado em frente ao Congresso Nacional. Ao longo da tarde o número se reduziu, mas com o fim do horário de expediente nos ministérios o gramado voltou a encher. Policiais legislativos, que fazem a proteção do prédio do Congresso, relataram provocações como serem atingidos por garrafas de água mineral e pedras de gelo a partir do momento em que a manifestação voltou a encher.

Pouco depois das 20h, um grupo de motociclistas se dirigiu às proximidades do Planalto fazendo barulho nos motores dos veículos. Por alguns minutos eles tentaram chegar até a entrada principal do Planalto, mas foram contidos pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. Os policiais também utilizaram granadas de efeito moral e bombas de gás lacrimogênio.

Os estouros dos artefatos foram escutados da parte interna do prédio e causaram irritação nos olhos de pessoas que passavam pelo local. No momento da confusão, a maior parte dos manifestantes já havia deixado o Planalto em direção ao Congresso.

As manifestações na Praça dos Três Poderes em Brasília começaram ainda pela manhã, no horário da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Manifestantes contrários e favoráveis ao governo chegaram a se enfrentar em alguns momentos e a polícia precisou intervir para controlar a situação.

No auge do protesto esta noite, a PM estimou o público em cerca de 8 mil pessoas. Na maior parte do tempo, apesar dos conflitos, o ato foi pacífico, com os manifestantes cantando o Hino Nacional e palavras de ordem. Um boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiário, conhecido como Pixuleco, foi inflado. Um manifestante também apareceu vestido igual ao boneco.

Ao longo de todo ato, eles também estouraram rojões e foguetes, empunharam faixas e cartazes pedindo a saída da presidenta do governo e a prisão de Lula. A maior parte dos manifestantes se vestia de amarelo ou nas cores da bandeira.

Dispersão – Por volta das 22h, os manifestantes voltaram para os arredores do Planalto, dessa vez em menor número. O grupo entoou por alguns minutos palavras de ordem com instrumentos de percussão e portando um caixão de papelão, preto, com a estrela do PT em uma das superfícies e a expressão “março de 2016” em outra.

Vendedores ambulantes de bebidas como água e cerveja acompanharam a movimentação dos manifestantes. Um dos gritos que mais era ouvido no protesto nesse momento era: “Olê, olê, vamos pra rua pra derrubar o PT”. Cerca de 30 minutos depois, eles se dispersaram, muitos subindo novamente a rampa em direção ao Congresso e a seus carros. A Polícia Militar e o Exército, porém, continuam a postos.

Os manifestantes chegaram a iluminar as torres do Congresso com as palavras “Força Moro” e “Fora Dilma”.

Agência Brasil

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