Notibras

Forças sírias avançam com apoio russo e resgatam áreas do E.I.

As forças do governo da Síria, apoiadas por ataques aéreos da Rússia, avançaram nesta quinta-feira rumo à cidade antiga de Palmira, que estava sob controle do Estado Islâmico desde maio, informou a imprensa estatal. A notícia é dada em uma semana na qual as tropas sírias conseguiram capturar várias montanhas e terras altas no entorno da cidade, famosa por seus sítios arqueológicos e pelas ruínas romanas.

Um repórter da TV estatal que acompanha as tropas sírias falou ao vivo da entrada de Palmira. O confronto estava concentrado perto de um sítio arqueológico que fica no limite sudoeste da cidade. Enquanto o jornalista falava, era possível ouvir disparos de tiros e explosões.

A cidade de Palmira é considerado um patrimônio da humanidade pela Unesco. Retomar a área seria uma vitória significativa para o Exército sírio e para seus aliados russos. Moscou retirou boa parte de suas tropas e aeronaves da Síria na semana passada, após meses de uma campanha de bombardeios em apoio ao regime do presidente Bashar al-Assad.

O ativista Osama al-Khatib, sediado na Turquia, mas que é originalmente de Palmira, negou que as tropas sírias tivessem entrado na cidade. Segundo ele, os soldados ainda estão nos limites da cidade e o vídeo da emissora estatal foi registrado em uma área a cerca de 5 quilômetros de Palmira.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que as tropas sírias e militantes xiitas que as auxiliam enfrentavam uma dura resistência de extremistas do Estado Islâmico, no momento em que tentavam penetrar nos limites da cidade. O Observatório, que monitora o conflito a partir de uma rede de ativistas, disse que o Estado Islâmico perdeu mais de 200 militantes desde o início da campanha do governo para retomar Palmira há 17 dias.

Palmira atraía dezenas de milhares de turistas para a Síria a cada ano. Em um grande revés para o governo, foi tomada pelo Estado Islâmico em maio passado. O avanço sobre a cidade ocorre em meio a negociações de paz em Genebra, ainda sem grandes resultados e que devem ser retomadas mais adiante, em abril.

Sair da versão mobile