Arqueólogos encontraram o esqueleto de 1.700 anos de um macaco-aranha enterrado ao lado de uma águia e cascavéis na base de uma pirâmide na antiga cidade de Teotihuacan, no México. Presume-se que tenha sido algum tipo de oferenda dos maias ao deuses.
O fóssil estava ao lado dos cadáveres de outros animais em uma área da cidade onde as elites maias visitantes podem ter residido. Embora os cientistas já tenham encontrado evidências de sacrifícios de animais, “até aquele ponto, não tínhamos nenhum caso de primatas sacrificados em Teotihuacan”, diz Nawa Sugiyama, arqueólogo antropológico da Universidade da Califórnia, em Riverside.
Pesquisadores realizaram análises químicas nos ossos e dentes do macaco-aranha e descobriram que o animal era fêmea e foi capturado em ambiente úmido ainda jovem, aproximadamente no século III. O macaco então viveu em cativeiro por alguns anos antes de morrer em algum momento entre 250 e 300 DC.
As terras altas ao redor da Cidade do México não são o habitat natural dos macacos-aranha. Com base nesse fato, bem como na presença de murais e vasos maias, Sugiyama e seus colegas sugerem que o macaco-aranha pode ter sido um presente da elite maia para o povo de Teotihuacan.
Além disso, a descoberta levou os cientistas a sugerir que havia relações diplomáticas entre os maias e Teotihuacan antes da ‘guerra de 378 [AD]’, quando as forças militares de Teotihuacan invadiram a cidade maia de Tikal, iniciando assim um período de aproximadamente 70 anos. de confrontos violentos.
Esta descoberta “impressionante” mostra que “a guerra de 378 teve uma longa história que a conduziu”, diz David Stuart, arqueólogo e epigrafista da Universidade do Texas, em Austin. “O macaco é uma ilustração realmente convincente desse longo relacionamento.”