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Fraga e Izalci lançam chapa fria, dão tiro no pé e recuam

Foto/Divulgação

Mais mexidas no tabuleiro do xadrez político de Brasília: o deputado federal Alberto Fraga (DEM) decidiu entrar na guerra pelo Palácio do Buriti. Anunciou uma aliança com o tucano Izalci Lucas, que disputaria uma cadeira no Senado. A dupla teve o apoio imediato de Jofran Frejat (PR), ex-buritizável.

Mas foi tudo fogo de palha. Fraga foi desautorizado por Rodrigo Maia e ACM Neto, principais caciques do Democratas. E Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, mandou Izalci recuar e fechar aliança com o Pros de Eliana Pedrosa e o PTB de Alírio Neto.

Quando a suposta dobradinha Fraga-Izalci foi anunciada no meio da tarde desta terça, 31, adversários políticos não apostaram em uma voo alto da aliança. Foi um corre-corre. Até porque, o DEM está prestes a anunciar o vice de Alckmin; e o PTB, mesmo ressabiado, manifestou total apoio ao tucano, desde que tivesse a contra-partida em Brasília.

Com essa nova confusão na política de Brasília, quem sai no lucro é o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição, e o general Paulo Chagas (PRP), pré- candidato à cadeira hoje ocupada pelo socialista. Se saíram chamuscados, Eliana e Alírio ganharam bombeiros como aliados, e apagaram o incêndio que poderia ter maiores proporções.

Não se sabe agora que rumos tomarão o senador Cristovam Buarque (PPS) e o deputado Rogério Rosso (PSD). Se Rosso insistir em manter a candidatura avalizada por Cristovam, pode estar embarcando em uma canoa furada, segundo observadores do cenário político. A alternativa seria aliar-se a Ibaneis Rocha (MDB), que está procurando um vice e um nome forte para o Senado – no caso, Cristovam, com uma reeleição teoricamente garantida.

Pego de surpresa com a pseudo chapa Fraga-Izalci em sua passagem por Brasília no final da tarde, Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, ligou para Geraldo Alckmin. A conversa foi presenciada por Alírio (vice na aliança com Eliana) e Walisson Peronico, secretario-geral do PTB na capital da República.

Desligados os celulares, ficou a certeza de que a propagada chapa Fraga-Izalci não passava de bucha de canhão. Enquanto Izalci levava um puxão de orelhas de Alckmin, Fraga ouvia, meio que perdido, a ordem da direção nacional do DEM para buscar outros rumos, que não o Palácio do Buriti.

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