O governo francês tenta acabar com a polêmica sobre a morosidade da campanha de vacinação na França, com relação aos vizinhos europeus, prometendo a aceleração do processo. Para ganhar a confiança da população, nesta segunda-feira (4), serão escolhidos 35 franceses para fazer parte de um conselho de cidadãos que contribuirá com ideias para o dispositivo de imunização.
No jornal “Le Parisien” deste domingo (3), o porta-voz do governo, Gabriel Attal, anunciou uma aceleração do fornecimento de doses e um reforço dos meios para transportá-las até as casas de repouso para idosos, público alvo da primeira fase do plano de imunizações.
Mas os ataques não diminuíram diante de uma campanha considerada burocrática. Os críticos apontam a exigência de uma visita médica, que deve ser feita antes da administração do imunizante para identificar eventuais contraindicações, e a obrigação de um consentimento escrito pelas pessoas vacinadas, como prováveis responsáveis pela morosidade da campanha.
“Não podemos pensar em continuar neste ritmo. Os cálculos mostram que seriam necessários 3 mil anos para sermos vacinados”, lamentou domingo em entrevista a uma tevê francesa Bruno Megarbane, chefe do serviço de Terapia intensiva médica e toxicológica do Hospital Lariboisière, em Paris. O médico disse, no entanto, que está “confiante” em uma aceleração do processo.