O presidente da França, François Hollande, anunciou na noite desta sexta-feira (13/11), após os ataques coordenados em Paris, que decretou estado de urgência e fechou todas as fronteiras do país. Ele também restringiu a circulação na região Île-de-France, onde fica Paris.
“É um ataque sem precedentes”, classificou.”Nós tomamos a decisão de mobilizar todas as forças possíveis para a neutralização dos terroristas e para todos os bairros em questão’, anunciou.
Hollande fez declaração no Palácio do Eliseu, onde se encontra com ministros para uma série de reuniões de urgência em um dos piores ataques da história recente do país.
Ao menos três atentados ocorreram nas últimas horas na região norte de Paris, deixando dezenas de mortos: durante um amistoso entre França e Alemanha no Stade de France; em um restaurante no décimo distrito da capital; e na casa de shows Bataclan.
A emissora de televisão France 24 citou relatos da polícia de que cerca de 100 pessoas morreram dentro da casa de shows Bataclan. O canal diz ainda que o presidente François Hollande, o primeiro-ministro Manuel Valls e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, se dirigiram ao local. A polícia francesa afirma que foram registrados ao menos sete ataques em diferentes locais da cidade de Paris. O número de mortos, somadas todas as ações, deve passar de 140.
“Eu penso nas vítimas, nos feridos. Nós devemos nos unir face ao terror. A França deve estar forte e unida”, declarou o chefe de Estado.
“É uma terrível prova que mais uma vez nos escapa esses terorristas criminosos”, afirmou, aludindo aos atentados que ocorreram no início do ano, na redação do semanário Charlie Hebdo e da padaria kosher, ambos na capital.
“Os terroristas querem que nós tenhamos medo. Há frieza, mas também há uma nação que se mobiliza e que vencerá os terroristas. Eu peço que todos depositem confiança nas forças de segurança. Viva a república. Viva a França”, finalizou Hollande.