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Franceses ocupam ruas de Paris em atos contra homofobia

Foto/Reuters - EstadãoConteúdo

Mais de três mil pessoas, segundo estimativas da polícia, se reuniram em Paris neste domingo (21), para protestar contra o aumento de ataques homofóbicos na capital francesa.

“É inacreditável que em 2018 ainda exista esse tipo de problema e que é preciso se reunir na praça da República para exigir nossos direitos”, clamou o francês Benoit, de 39 anos, que se uniu ao movimento para “apoiar as vítimas” e “pressionar as autoridades”.

“Hoje em dia, ainda não podemos nos amar de forma livre na França”, lamentou Pierre, um parisiense de 40 anos.

Como eles, Olivia e Philippine, de 25 e 26 anos, contam que já sofreram várias “agressões verbais e xingamentos”. Elas contam terem que conviver com “pais que atravessam a rua com seus filhos” ou com pessoas perguntando: “quem é o homem da relação”. “Por causa disso, acabamos nos escondendo um pouco, e só ficamos mais juntas em lugares seguros, mais fechados”, contam.

A manifestação deste domingo foi organizada por várias associações, após uma onda de agressões homofóbicas em Paris nas últimas semanas. A mais recente aconteceu na última terça-feira (16), quando Guillaume Mélanie, presidente da ONG Urgência Homofobia, que ajuda estrangeiros LGBT ameaçados em seus países, foi espancado ao sair de um restaurante.

Presente na manifestação, com o rosto ainda cheio de hematomas, ele festejou a “libertação de um grito preso na garganta”. Após ter sido agredido, ele havia postado uma foto de seu rosto no Twitter. “Antes, nós nos sentíamos culpados, hoje nós nos mostramos”, disse.

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