O papa Francisco encontrou-se com o líder revolucionário de Cuba Fidel Castro neste domingo, horas após advertir os Cubanos a tomarem cuidado com os perigos da ideologia e com a atração do egoísmo, em um momento em que o país entra em uma nova era de laços mais próximos com os Estados Unidos.
O primeiro papa da América Latina e Castro, o último ícone sobrevivente da esquerda do século 20 da região, discutiram religião e assuntos globais na casa do presidente aposentado de 89 anos por cerca de 40 minutos.
O porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, disse que a reunião, que incluiu a esposa de Castro e outros membros de sua família, foi “muito relaxada, fraternal e amigável”.
Francisco deu a Castro vários de seus escritos papais, dois livros sobre espiritualidade e um livro e um CD sobre a obra do padre Armando Llorente, um papa que lecionou a Castro na escola jesuíta há mais de setenta anos.
Castro deu ao papa uma cópia de “Fidel e a religião”, um livro de 1985 de entrevistas do líder cubano com o padre brasileiro Frei Betto que deu fim a um tabu contra falar de religião no país comunista, então oficialmente ateu.
Francisco encontrou-se com Castro, que construiu um país de partido único que melhorou os serviços de saúde e educação para cubanos mas também limita as liberdades democráticas e reprime dissidentes, depois de celebrar a missa na Praça da Revolução em Havana.