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Nova safra

Fraude e derrota de Renan marcam eleição no Senado

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Antônio Albuquerque

O senador pelo Amapá Davi Alcolumbre (DEM) foi eleito no início da noite deste sábado, 2, presidente do Senado – e, consequentemente, do Congresso Nacional. Ele recebeu 42 de um total de 77 votos, sendo registradas quatro ausências. Foram necessárias duas votações. Na primeira, houve fraude. Como são apenas 81 senadores, foram contabilizados 82 votos.

A votação deveria ser secreta, como determinou o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, durante a madrugada. Mas, à medida em que iam votando, os senadores declaravam o voto e mostravam a cédula antes de depositá-la na urna.

Quando foi anunciado o resultado, Davi disse a primeira frase. “Quero agradecer a Deus pela oportunidade de sentar nesta cadeira”. Em nota, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou os presidentes da Câmara (eleito na sexta-feira) e do Senado. “Resultado consolida tradição democrática e compromisso das duas Casas com anseios do povo”, registrou.

Em meio à segunda votação, e constrangido com a fraude apontada pouco antes, o alagoano Renan Calheiros (MDB), retirou a candidatura. Ele teve 5. Espiridião Amin (PP-SC) ficou com 13 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) teve 8 votos, Reguffe (sem partido-DF) recebeu 6 votos e Fernando Collor (Pros-AL) ficou com 3 votos

Alcolumbre é senador de primeiro mandato. Foi eleito em 2014. Teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal.

Aos 41 anos, o senador estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar. Davi Alcolumbre é um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa.

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