Após obter 45,23% dos votos no primeiro turno da eleição para o governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) enfrentou diversos ataques do segundo colocado na votação, Jofran Frejat (PR), que teve 27,97% dos votos, no debate entre os candidatos promovido pela Band na noite desta quinta-feira (9).
Frejat não cansou de lembrar a ligação de Rollemberg com o governador Agnelo Queiroz (PT), que teve sua tentativa de reeleição encerrada no primeiro turno, quando ficou em terceiro lugar na votação.
Em 2010, ao ser eleito senador, o candidato do PSB era aliado de Agnelo, com quem rompeu para lançar sua candidatura. Desde então, ele lembrou que vem fazendo críticas à gestão petista no DF.
Frejat disse que Rollemberg ajudou Agnelo a “inchar aos cargos públicos” durante sua aliança e que iria “enxugar” a máquina pública se for eleito.
Rollemberg, por sua vez, que se esquivou do embate direto e preferiu falar sobre suas propostas para a capital federal, como a implementação de um parque tecnológico e a transformação de Brasília em “um grande centro turístico nacional e internacional”.
“Fazer um discurso arrumadinho, bonitinho, preparado por assessores, não significa que isso vai se realizar. Você é o novo Agnelo, ou o Agnelo de novo”, ironizou Frejat ao ouvir os projetos.
O candidato do PR também alfinetou o PSB, relembrando que o partido já foi aliado do governo de Lula e Dilma, depois acolheu Marina Silva nas eleições e agora apoia o candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.
“Entendemos que alternância de poder será favorável ao Brasil”, explicou Rollemberg, que na sequência disse que está filiado ao PSB há 30 anos e tem uma trajetória política coerente.
“É um partido que uma hora que está com o PT e outro com o PSBD. Isso se chama oportunismo. Estamos com Aécio desde o começo”, respondeu Frejat.
Sem se entregar às provocações do adversário político, o candidato do PSB continuou abordando seu plano de governo na maior parte do debate. “Não vou compará-lo com Arruda, vou apresentar propostas. É isso o que a população quer”, justificou.