Frejat usa antídoto da união contra veneno de vivandeiras

Tem vivandeira solta em Brasília. É gente que tenta confundir para que o desmando seja perpetuado. Mas é preciso dar um basta. É preciso recuar no tempo e lembrar Castelo Branco, embora transportando a frase para um cenário democrático, onde os civis mandam: “São as vivandeiras alvoroçadas que vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e causar extravagâncias ao poder militar”.

Esse quadro em que se desenha uma rápida volta a um passado recente, e a um presente obscuro, é pincelado pelas cores dos ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Querem pintar um quadro negro com o verde e o azul, desmerecendo os bons para enaltecer os maus.

É isso o que se conclui, após desabafo de Salvador Bispo, presidente do PR na capital da República, ao reagir a intrigas que tentam criar um clima de animosidade entre Jofran Frejat e os dois ex-governadores, a quem o agota pré-candidato ao Palácio do Buriti serviu como secretário de Saúde.

Em meio a um turbilhão de ataques, vindos sabe-se lá de onde, Salvador Bispo divulgou nota neste final de semana onde manifesta a intenção do partido em conversar em torno de outras eventuais candidaturas, desde que o objetivo seja o mesmo: resgatar Brasilia para a sociedade, que merece saúde, segurança, educação, transportes… Enfim, tudo de Primeiro Mundo.

A nota do presidente do PR é pacificadora. E vale ser lida:

Tenho muito orgulho de presidir o PR no Distrito Federal. Na minha longa vida política vivi muitas experiências. Comecei como vereador em Luziânia, junto com Joaquim Roriz. Coordenei campanhas em Goiânia. Coordenei as campanhas vitoriosas de Roriz em Brasília. Coordenei a campanha de Arruda. Aprendi a respeitar os homens públicos que, como Roriz e Arruda , deixaram suas marcas no coração das pessoas e na história da cidade que governaram. Tenho orgulho de ter Arruda e Frejat como líderes do nosso partido num momento difícil da cidade, sofrida com dois péssimos governos que se sucederam, quebrando as esperanças das pessoas e maltratando os que mais precisam do governo.

Frejat e eu visitamos Arruda na sua casa, no seu aniversário, para levar o nosso abraço e o nosso apoio nos momentos difíceis que ele vive, focado na sua defesa, nos processos que responde , vítima da maldade e da inveja dos que não têm compromisso com a verdade e nem com o bem estar da população. Compreendemos o momento que Arruda vive e as razões que o obrigam a se ausentar da vida política partidária, focado na sua defesa jurídica. E recebemos dele o apoio e o aconselhamento, nascido da sua experiência, para o caminho que Frejat está trilhando. Arruda e Frejat são amigos há 40 anos, desde quando foram vizinhos de cerca em casas de madeira na Vila Planalto, e quando, juntos, construíram os 36 postos de saúde, o HRAN, o hospital de apoio e o da Ceilândia, dentre tantas coisas que fizeram pela nossa cidade.

Frejat hoje lidera as pesquisas para o governo do Distrito Federal e está preparado para esse desafio. Mas sabe, experiente que é, que isso não basta. E por isso, com o aconselhamento de Arruda e o apoio de todos nós, tem procurado o diálogo dos líderes que, como nós, querem derrotar a ineficiência do Governo Rolemberg e construir uma aliança política sólida capaz não apenas de vencer a eleição mas, principalmente, de fazer um governo eficiente, que responda aos desafios que se acumulam numa cidade marcada pelo atual desgoverno. Por isso temos conversado com os que compõe o nosso campo político, como Filippelli, Roney Nemer, Alirio Neto, Alberto Fraga, Eliana Pedrosa, Ibaneis, Paulo Otávio, Izalci, Bessa, Welington, como também temos tentado ampliar esse diálogo com o Senador Cristovam, Rosso, Renato, Vanderlei, Joe Vale, Raimundo Ribeiro, Celina Leão, Reguffe, Michel e muitos outros parlamentares, dirigentes partidários e lideranças políticas que querem construir uma nova realidade para a capital do País.

Temos encontrado respeito e seriedade, espírito público, e uma avaliação comum de que Brasília espera de nós muita disposição para fazer as mudanças necessárias. Nós acreditamos que só a união de todos nós pode derrotar a força da máquina pública, que não deve ser menosprezada, apesar dos altíssimos índices de rejeição do atual governo.

Para isso temos que exercitar o diálogo, a compreensão, o entendimento, para juntar as nossas convergências e superar as eventuais divergências, e para colocar o interesse de Brasília acima dos nossos interesses políticos e partidários. Minha experiência me diz que estamos próximos dessa união para o bem da cidade. Mas para isso temos que afastarmos das intrigas, das análises plantadas pelos que querem nos dividir, e prosseguirmos no diálogo franco, respeitoso e honesto dos que desejam um projeto capaz de resgatar a nossa cidade.

Salvador Bispo – Presidente do PR/DF