O candidato Jofran Frejat (PR), que concorre no segundo ao Palácio do Buriti com Rodrigo Rollemberg (PSB), passou a segunda-feira 6 articulando adesões para sua chapa. Os alvos são partidos que estiveram ao lado do governador Agnelo Queiroz (PT) durante o primeiro turno e que agora buscam espaço junto aos candidatos que continuam na disputa.
“Ainda não podemos anunciar ninguém. Temos conversas com várias pessoas que foram candidatos, se elegeram, e outras que não conseguiram. Mas, de uma forma geral, acho que o importante é procurar a população, para que ela saiba quem se apresenta como candidato. Não há nada fechado, até porque conversei com todos eles sobre nosso programa de governo, para que possamos melhorar a situação de Brasília em um momento muito difícil”, declarou Frejat.
A coligação que apoiou a tentativa de reeleição de Agnelo contava com 16 partidos, que devem se definir entre as candidaturas de Frejat e Rodrigo Rollemberg (PSB) até sexta-feira. Dos nomes fortes que faziam parte da base do atual governador, está o ex-secretário de Justiça e deputado distrital Alírio Neto, presidente regional do PEN.
“Pedimos a ele para que, dentro de um entendimento, trabalhemos juntos no próximo governo. Ele ficou de conversar com seu grupo político, para me dar uma posição. O Alírio concordou com o que estava sendo apresentado e isso é um passo a frente em possível aliança no segundo turno”, confirmou Frejat, segundo informa o JBr..
Alírio Neto disse que a resposta de seu grupo deverá ser dada até quarta-feira. Serão consultados os candidatos que foram eleitos e os com boa votação. além da Executiva nacional do PEN.
Frejat ainda se reuniu com o senador Gim Argello e o distrital eleito Bispo Renato, que é do seu PR, mas esteve com Agnelo durante o governo. Também recebeu integrantes de outras coligações, como o distrital eleito Raimundo Ribeiro (PSDB) e a deputada Eliana Pedrosa (PPS), que estavam nominalmente na base de Luiz Pitiman (PSDB).
Caso seja confirmada a decisão por Frejat, Alírio Neto leva o PEN para o lado de adversários do governador Agnelo Queiroz. A possível decisão não causa constrangimentos, segundo o deputado distrital, que ainda conta com cargos dentro do governo petista, a quem apoiou no primeiro turno.
“Não fechei uma aliança ainda, porque vou conversar com meu grupo e com a Executiva nacional. Eu me sinto livre para decidir com quem vamos fazer aliança, depois do que aconteceu – a derrota de Agnelo ainda no primeiro turno”. declarou Alírio. Ele lembrou que o PT, partido de Agnelo, ainda não decidiu se apoiará um dos candidatos.
O diretório regional do PSDB se reuniu na noite de ontem para estudar quais os caminhos que deverá seguir, após o quarto lugar de Luiz Pitiman na disputa ao Buriti.
Segundo Raimundo Ribeiro, a decisão sobre quem o PSDB brasiliense apoiará dependerá da decisão da candidata à presidência derrotada Marina Silva (PSB). “Nossa principal preocupação é a eleição à presidência do senador Aécio Neves (PSDB). Se a Marina apoiar a Dilma Rousseff (PT), não temos como apoiar o candidato dela no DF”, afirma Ribeiro, que garante que o partido se posicionará.