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Frieza do brasiliense marca estreia do Brasil na Copa

Foto: Antônio Cruz/ABr

Com poucas pessoas nas ruas, a capital do país amanheceu se preparando para o primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo da Rússia, demosntrando frieza. Bares e restaurantes começaram a abrir somente no fim da manhã. Em parques e demais espaços de lazer, os fanáticos por futebol dividiram espaço com brasilienses que preferem não acompanhar o campeonato.

A reportagem ercorreu a área central da cidade e encontrou em uma banca de jornais a maior aglomeração de torcedores. Com camisas da seleção brasileira, acompanhados de crianças e com álbuns de figurinhas da Copa em mãos, diferentes grupos se formaram nos arredores da chamada Banca do Brito, que há 20 anos estimula o hábito dos colecionadores.

O procurador federal Igor Guimarães, de 34 anos, levou o filho Fernando, de 3 anos, para participar da troca de figurinhas e elogiou o clima. Debaixo de árvores e em rodinhas formadas mais por adultos do que crianças, ele se dizia animado com a conquista do hexacampeonato pelo Brasil, apesar do histórico da Copa passada, quando a seleção perdeu por 7 a 1 da Alemanha dentro de casa.

“Estou muito feliz, muito confiante na seleção, acho que esta é a melhor equipe que temos dos últimos dez anos. Acho que desta vez vai! Esse time é muito melhor do que o de 2014”, avaliou.

A proprietária da banca, Aldinha Pereira Brito, explica que a brincadeira começou com o filho quando ainda era criança. Ele e os colegas iam para o local toda vez que saíam da escolinha de futebol que frequentavam. A disputa pelas figurinhas, conhecida como jogo de bafo, acabou atraindo mães e filhos de outras regiões, e a mania se espalhou.

“Já é tradicional, estamos aqui de domingo a domingo e há dias que a gente consegue receber mais de 400 pessoas por dia”, disse Aldinha, que reuniu as figurinhas numeradas em um balcão para facilitar a venda dos adesivos e ajudar os clientes que já estão com muitas repetidas. A pequena Luiza Duarte, de 11 anos, que estava toda enfeitada, gostou da estratégia.

“Acho que fiquei um mês e meio tentando achar as figurinhas. A gente comprava os pacotinhos e quando faltavam as brilhantes, a gente comprava, comprava e não vinha as brilhantes. Aí a gente começou a comprar aqui”, disse, ao lado da irmã mais nova e do pai.

Mas nem todos os brasilienses vão acompanhar o Mundial com a mesma empolgação. Caminhando ao lado do companheiro, a gestora de Áreas Protegidas Suelene Couto, de 46 anos, disse que a Copa do Mundo desta vez será preocupação secundária. Segundo ela, é preciso ter cuidado em períodos de grandes eventos, quando são tomadas “decisões que não necessariamente o povo escolheu”.

“Antes era festa total, mas agora é uma questão de escolha mesmo. Eu acho que a Copa não vai conseguir mascarar a situação por que o país está passando. A gente precisa colocar os pés no chão e ficar mais alerta”, argumentou.

No Eixão, que fica fechada em domingos e feriados, várias pessoas praticavam exercícios. Já nas ruas, era possível notar pessoas com camisetas amarelas e alguns carros com bandeiras do Brasil.

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