Com um destino que não merece
Ele escorrega do meu ventre estranho
E desce
Na bacia ácida
E o sangue escorre
Sua vida se interrompe
E ele morre
Sem nome
Sem voz
Desaparece
Não surgiu da violência
Nem do acaso fortuito
Foi antes fruto do desejo
De um minuto
A fixação de dois seres humanos
Seres brutais
Hoje, da incontinência da vontade
Perpetuou-se a mais crua covardia
O ato que a qualquer um desvia
Do qual são incapazes mesmo os animais.