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Cadência compulsiva

Fuga do incerto afasta ansiedade através da arte

Publicado

Autor/Imagem:
Rafaela Fernanda Lopes - Foto Produção Francisco Filipino

Em um universo de pensamentos inquietos,
Vagueiam, implacáveis e secretas, as obsessões,
Como um sussurro incessante, elas persistem,
Empurrando-a para o abismo das compulsões;

As mãos, são escravas da ansiedade,
Seguem rituais repetitivos, buscando alívio,
Lavando, conferindo, organizando em excesso,
Como se pudesse domar o turbilhão interno;

O espelho reflete as próprias dúvidas,
Cada imagem distorcida, cada imperfeição,
Compulsões meticulosas, esculturas do medo,
Moldados como argila, na mente doente,
Buscando internamente, paz e mansidão;

A espiral do pensamento se aperta,
Cada volta, um ciclo infindável,
A busca por certeza, a fuga do incerto,
Uma imensidão de angústia interminável;

A mente, como teia de aranha fina,
Presilha-se em detalhes, em números,
Verificando, repetindo, contando,
Até que a exaustão seja o único rumo;

E no silêncio da noite, os demônios se agitam,
As compulsões sussurram, insistentes,
Como sombras que se alongam,
Até que o dia amanheça e a luta recomece;

Assim, um passo de cada vez, seguindo adiante,
Na jornada contra o TOC, uma luta inquietante,
Transformemos a angústia em pixels de coragem,
Pautando a ansiedade, através da arte.

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