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É proibido roubar

Fundo Amazônia, vikings e a nova era brasileira

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Autor/Imagem:
General Paulo Chagas*

O chamado Fundo Amazônia, criado pelo Reino da Noruega e para o qual ele é o principal colaborador (mais de 90%), foi contemplado até hoje com algo em torno de 2,5 bilhões de reais, destinados, basicamente, à preservação do bioma amazônico (80%) e outros (20%).

A Noruega é considerada ao redor do mundo como um modelo a ser seguido na proteção do ‘seu’ meio ambiente, o que é uma contradição, porque ela é, ao mesmo tempo, um dos principais exportadores de petróleo e gás do mundo. Ou seja, protege o que é seu e vive da poluição dos países a quem vende petróleo e gás.

Sendo o 15º maior produtor de petróleo do mundo, o país é, indiretamente, um grande partícipe do aquecimento global e se tornou um importante doador para sistemas de proteção de florestas no Brasil e em outros países.

O drama de consciência dos noruegueses remonta ao tempo da “Era Viking”, quando, a partir do ano 790, partiram para a conquista militar de novos horizontes. Consta que chegaram até o nordeste brasileiro no início do século XI, antes portanto que Colombo e Cabral chegassem em terras americanas!

Para esta epopeia, tiveram que intensificar a produção da sua indústria naval e, em três séculos, destruíram imensas florestas de carvalho, matéria prima para a construção de seus navios e que convive com a natureza mais de 100 anos até atingir a idade adulta.

Aparentemente a Era Viking está de volta com outra feição e os noruegueses, conhecendo a índole vendilhona dos governos petistas, para os quais era impossível governar sem roubar, combinaram com os entreguistas a criação por decreto, ao arrepio da lei, do tal Fundo Amazônia que, se estudado com cuidado, nada mais é do que outra maracutaia oferecida à gangue petista.

Qualquer avaliação mais apurada do Fundo vai encontrar, lá no fundo, desvios de finalidade, distribuição de recursos por critérios políticos e ausência de fiscalização do TCU e da CGU, entre outros sintomas de corrupção.

A Bahia, de Jacques Wagner, por exemplo, cujo bioma protegido desconheço, recebeu mais de 37 milhões de reais, quase a mesma coisa que o estado do Amapá!

Se juntarmos os recursos distribuídos aos estados do Mato Grosso do Sul, da Bahia e do Ceará, que nada têm a ver com a Amazônia, encontraremos a soma de 75 milhões de reais.

A distribuição de recursos para ONGs “aliadas” da causa, de todas as origens e fundamentos, isentas da fiscalização dos órgãos de Estado, permite suspeitar, inclusive e particularmente, que estejam a alimentar e subvencionar o MST, suas invasões de propriedades e demais agressões ao meio ambiente e à ordem pública.

Considerando que, desde a criação do Fundo Amazônia, em 2008, o desmatamento vem crescendo no Brasil, é de se concluir, mesmo sem qualquer auditoria, que os recursos têm sido desviados ou, no mínimo, mal empregados.

Por outro lado, se voltarmos nossos olhos para a “Nova Era Viking”, vamos encontrar, já ocupando parte do território nacional, a mineradora norueguesa Norsk Hydro, beneficiada com renúncia fiscal da ordem de 7,5 bilhões de reais! Se compararmos esta quantia com os 2 bilhões “doados” pela Noruega ao Fundo, estamos autorizados a crer que esta “filantropia ambiental” nos custou mais de 5 bilhões!

Assim amigos, sem ir muito a fundo no assunto e sem surpresas, podemos concluir que essa fumaça merece ser investigada porque, sem dúvidas, por trás ou por baixo dela há um fogo que precisa ser apagado o quanto antes.

Com a palavra – e de posse destes e outros argumentos – o nosso eficiente ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a quem cabe, não extinguir, mas fazer deste Fundo algo honesto e soberanamente útil à Amazônia, provando que na “Nova Era Brasileira” só é possível governar sem roubar!

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