De olho na vaga na final da Copa Sul-Americana e com um time reserva, o Atlético Paranaense deixou de fazer história no Campeonato Brasileiro ao empatar com o Ceará por 2 a 2, neste domingo, na Arena da Baixada pela 37.ª rodada. Com isso, perdeu a chance de entrar na zona de classificação à Copa Libertadores, o G6, ficando em sétimo lugar, com 54 pontos. Além de não alcançar o recorde de maior número de vitórias seguidas em casa na era dos pontos corridos.
O Atlético-PR parou em 12 triunfos, ficando igualado ao Santos na temporada 2015 e o Atlético-MG em 2016, além do Palmeiras em 2018. O Ceará comemorou muito o ponto conquistado fora de casa, atingindo os 43 pontos e quase se livrando da ameaça de rebaixamento.
O técnico Tiago Nunes já tinha avisado que usaria um time misto neste jogo, mas surpreendeu ao escalar somente reservas no Atlético-PR. O Ceará manteve sua seriedade, tanto que o técnico Lisca confirmou a formação com três zagueiros e dois atacantes.
O visitante se deu melhor, porque tinha uma defesa bastante compacta e não permitia as infiltrações do Atlético-PR. Além disso, com a posse de bola no meio-campo, mantinha o jogo sob controle. Até Tiago Nunes gritou no seu banco de que “o Ceará estava gostando do jogo”. Logo aos oito minutos, Lisca perdeu o zagueiro Tiago Nunes machucado, mas a entrada de Luiz Otávio manteve o mesmo esquema.
O visitante abriu o placar aos 25 minutos. Zé Ivaldo perdeu a bola na linha do meio-campo. Em dois toques, a bola ficou com Ricardinho pelo lado direito. Ele teve tempo para levantar bem alto para o outro lado, onde Leandro Carvalho bateu de sem pulo e cruzado: um golaço. Já o Atlético-PR decepcionou. Em oito finalizações, só duas chegaram nas mãos do goleiro Éverson. Faltou pontaria.
No intervalo, Tiago Nunes cobrou mais disposição, alegando que o mau futebol não seria por falta de entrosamento. Deu certo, porque o time voltou com outra disposição. Empatou logo aos sete minutos. Após levantamento, o zagueiro Valdo se esticou para cortar, mas a bola sobrou para o chute colocado de Marcinho.
Na pressão, saiu o segundo gol, aos 12 minutos. Após cobrança de escanteio na direção da primeira trave, Rony desviou de calcanhar e a bola sobrou na pequena área para Lucho González só completar. Os dois jogadores que entraram no intervalo nas vagas de Marcelo Cirino e Bruno Guimarães – Rony e Lucho – participaram do gol da virada.
Atrás no placar, Lisca abriu mão de seu esquema defensivo. Aos 18 minutos, tirou o zagueiro Valdo para a entrada do atacante Felipe Azevedo. O Ceará melhorou ofensivamente. Aos 29 minutos, após levantamento e desvio de Bergson de cabeça, a bola tocou no pé da trave. Seria um gol contra.
A melhor chance saiu na sequência. Aos 30, Wecley entrou no lugar do meia Ricardinho e no seu primeiro lance foi agarrado por Camacho entro da área: pênalti. Na cobrança de Richardson, o goleiro Felipe Alves saltou bem do lado esquerdo e espalmou. E a defesa aliviou.
O Ceará empatou aos 37 minutos. Após erro na saída de bola, Felipe Jonatan foi até a linha de fundo e cruzou para trás. Wescley bateu de chapa no alto, deixando tudo igual. Aos 42, Bergson ainda fez o terceiro gol, mas a bola tocou em seu braço e o lance acabou sendo anulado. Aos 47 minutos, em um contra-ataque, Richardson saiu livre na frente de Felipe Alves, mas tocou para fora.
Na última rodada, o Atlético-PR vai enfrentar o Flamengo, domingo, no Maracanã. Antes, quarta-feira, também no Rio, fará o jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana contra o Fluminense. Leva a vantagem de ter vencido em casa por 2 a 0 e pode perder por um gol para avançar à final. O Ceará , garatido na elite com o empate, vai se despedir da temporada em casa diante do Vasco, no domingo.